ELEIÇÕES 2022

Paulinho da Força garante que não vai apoiar Bolsonaro e alivia situação de Marília Arraes

Após as rusgas com o PT, Paulinho da Força garantiu que não existe a possibilidade de mudar de lado e apoiar Jair Bolsonaro. O posicionamento alivia situação de Marília Arraes

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Augusto Tenório

Publicado em 17/04/2022 às 12:00
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Após as rusgas com o PT, Paulinho da Força garantiu que não existe a possibilidade de mudar de lado e apoiar Jair Bolsonaro (PL) na eleição deste ano. O presidente do Solidariedade, partido ao qual Marília Arraes se filiou para concorrer ao Governo de Pernambuco, cancelou o ato para oficializar apoio a Lula (PT).

"Não há nenhuma possibilidade de o Solidariedade apoiar o Bolsonaro e o Ciro Nogueira sabe disso", garantiu Paulinho da Força ao UOL. A fala acontece após vazamento de áudio no qual Ciro Nogueira, presidente do PP, convida o presidente do SD a fazer parte do bloco de apoiadores de Jair Bolsonaro.

O cancelamento do apoio a Lula pode trazer consequências na campanha pelo Governo de Pernambuco. Marília Arraes deixou o PT após brigas com lideranças do partido, mas continua tentando se manter atrelada à imagem de Lula para vencer a corrida pelo Palácio Campo das Princesas.

Guga Matos/JC Imagem
Filiação de Marília Arraes ao Solidariedade, evento realizado no Recife Praia Hotel. - Guga Matos/JC Imagem

Nas redes sociais, aliados de Marília Arraes já compartilham a fala de Paulinho da Força. "Nossa gente sabe de que lado estamos! Seguimos do lado certo da história, com o povo e com Lula!", diz a mensagem encaminhada.

Ao UOL, Paulinho da Força explicou o áudio. Disse ser amigo de Ciro Nogueira, independentemente do cargo ocupado por ele. Atualmente, Ciro Nogueira é ministro-chefe da Casa Civil do Governo Bolsonaro e um dos aliados do presidente na corrida pela reeleição.

"Ele fez uma brincadeira comigo, eu fiz com ele, o áudio acabou vazando, e ficou até engraçado porque era uma conversa de amigos. Quando vaza fica parecendo algo além daquilo", comentou Paulinho da Força sobre a gravação.

A situação, porém, ainda requer cautela. Nos bastidores, segundo a CNN, já trabalha-se com a possibilidade de o Solidariedade não declarar apoio a Lula e liberar os diretórios estaduais para fazerem como bem entenderem com relação à eleição presidencial.

Em nota enviada após as vaias, Marília Arraes defendeu o presidente do SD e fez jogo de palavras: disse que Lula precisa de "solidariedade" para juntar os diferentes setores e, na sua visão, fortalecer a democracia com sua vitória.

"A inclusão de Geraldo Alckmin, seu antigo adversário, como vice-presidente, é um sinal de lucidez e coragem. Por isso devemos repudiar com toda ênfase as agressões sofridas pelo Presidente Nacional do Solidariedade, Paulinho da Força. Só os inimigos de Lula e da Democracia se comportam com tamanha intolerância e violência. O que Lula e o Solidariedade querem é derrotar o autoritarismo e a intransigência. Viva a democracia! Viva Lula!", disse Marília Arraes.

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