Considerado 'trunfo', PIX não foi projetado no Governo Bolsonaro, diz portal
Documentos analisados pelo UOL indicam que o PIX, um dos 'trunfos' para campanha de reeleição, não foi planejado pela gestão de Jair Bolsonaro
Quando o ex-ministro Gilson Machado Neto (PL) visitou o Jornal do Commercio, em abril, disse que não tinha medo da nacionalização da campanha em Pernambuco. Dentre os trunfos que o pré-candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao Senado teria a apresentar e destacar, enquanto medida do Governo Federal, estava o PIX.
Não é somente o ex-ministro que pretende usar o PIX como destaque eleitoral. O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP-RN), já disse que esse será uma das medidas a serem mostradas pelo presidente na campanha para reeleição.
Nesta semana, documentos analisados pelo UOL, porém, indicam que o meio de pagamento eletrônico instantâneo e gratuito, anunciado pelo Banco Central do Brasil em 2020, não foi planejado pela gestão do atual presidente.
O portal revela que, segundo os documentos, o planejamento do PIX começou, na verdade, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), quando o BC era comandado pelo economista Ilan Goldfajn. A equipe do atual presidente, ao UOL, disse sob reserva que ele deve ser anunciado como 'executor' da inovação.
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Em tempo, integrantes da equipe responsável pelo Pix no Banco Central afirmam ao UOL que, "em conceito, a ferramenta já existia desde 2016". São três anos antes de o economista Roberto Campos Neto ser indicado por Bolsonaro e assumir a presidência do órgão.
Inicialmente, indicava-se que o Banco Central estava planejando uma ferramenta inspirada numa plataforma similar ao Pix, chamada Zelle, anunciada pela fintech Early Warning Services nos Estados Unidos.