ELEIÇÕES 2022

Considerado 'trunfo', PIX não foi projetado no Governo Bolsonaro, diz portal

Documentos analisados pelo UOL indicam que o PIX, um dos 'trunfos' para campanha de reeleição, não foi planejado pela gestão de Jair Bolsonaro

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Augusto Tenório

Publicado em 10/05/2022 às 9:52 | Atualizado em 10/05/2022 às 9:59
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Quando o ex-ministro Gilson Machado Neto (PL) visitou o Jornal do Commercio, em abril, disse que não tinha medo da nacionalização da campanha em Pernambuco. Dentre os trunfos que o pré-candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao Senado teria a apresentar e destacar, enquanto medida do Governo Federal, estava o PIX.

Não é somente o ex-ministro que pretende usar o PIX como destaque eleitoral. O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP-RN), já disse que esse será uma das medidas a serem mostradas pelo presidente na campanha para reeleição.

Nesta semana, documentos analisados pelo UOL, porém, indicam que o meio de pagamento eletrônico instantâneo e gratuito, anunciado pelo Banco Central do Brasil em 2020, não foi planejado pela gestão do atual presidente.

O portal revela que, segundo os documentos, o planejamento do PIX  começou, na verdade, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), quando o BC era comandado pelo economista Ilan Goldfajn. A equipe do atual presidente, ao UOL, disse sob reserva que ele deve ser anunciado como 'executor' da inovação.

 

Em tempo, integrantes da equipe responsável pelo Pix no Banco Central afirmam ao UOL que, "em conceito, a ferramenta já existia desde 2016". São três anos antes de o economista Roberto Campos Neto ser indicado por Bolsonaro e assumir a presidência do órgão.

Inicialmente, indicava-se que o Banco Central estava planejando uma ferramenta inspirada numa plataforma similar ao Pix, chamada Zelle, anunciada pela fintech Early Warning Services nos Estados Unidos.

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