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João Campos prepara PPP para gestão privada de parte da rede de saúde do Recife

Projeto de PPP é financiado com recursos do Banco Mundial. Jaboatão está fazendo a mesma modelagem

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Jamildo Melo

Publicado em 10/05/2022 às 15:15 | Atualizado em 10/05/2022 às 15:34
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Sem alarde, a gestão do prefeito João Campos (PSB) prepara a gestão privada de parte da rede municipal de atenção à saúde. Jaboatão dos Guararapes já aposta na mesma solução e o ex-prefeito Anderson Ferreira disse que espera investimentos da ordem de R$ 750 milhões, já me 2023.

A Prefeitura do Recife abriu oficialmente inexigibilidade de licitação para "estudos técnicos de estruturação de Projeto de Concessão Administrativa (PPP) para Rede de Atenção Primária à Saúde (APS)".

O objetivo é fazer a concessão administrativa de parte da rede de saúde municipal, para que os serviços que são prestados diretamente pela Prefeitura sejam geridos por entidades privadas. Ou seja, a "privatização" de parte da rede municipal de saúde do Recife. O PSB tem urticárias quando se usa este termo e prefere concessão. O caso das rodovias estaduais que serão entregues à iniciativa privada e com cobrança de pedágio é um exemplo recente.

A inexigibilidade está sendo conduzida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta titularizada pelo secretário Rafael Dubeux, técnico da estrita confiança do prefeito João Campos.

O contrato para a gestão privada de parte da rede de saúde do município será assinado com o Banco Mundial.

O valor a ser investido nos estudos para a "privatização" será de R$ 4.222.166,00 (quatro milhões duzentos e vinte e dois mil cento e sessenta e seis reais), segundo o edital oficial.

Heverá oposição do movimento sindical contra este projeto de PPP da gestão socialista?

PPP TAMBÉM NA EDUCAÇÃO

O Blog informou,em primeira mão, em janeiro de 2022, que o prefeito João Campos (PSB) também está planejando uma PPP na área da educação para gestão privada de creches municipais.

Segundo o edital oficial, o objetivo é a "estruturação e modelagem de projeto de parceria públicoprivada destinada à construção, reconstrução, gestão, operação, conservação e manutenção de cerca de 44 (quarenta e quatro) novas unidades educacionais" da Prefeitura do Recife. Ou seja, tendo como resultado a gestão privada de unidades educacionais da Prefeitura do Recife.

O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), em janeiro, declarou ser “radicalmente contra qualquer inserção de empresas privadas na rede pública de ensino”.

“Nós somos contra essa parceria, independente da gestão municipal continuar responsável pela parte pedagógica. Estamos estarrecidos com essa ação e acabamos de enviar um ofício para o secretário de Educação pedindo uma mesa de negociação e vamos também tratar desse ponto. Nunca, nenhum governo fez isso”, afirmou a secretária-geral do Simpere, Socorro Assunção.

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Documento no Diário Oficial entrega estratégia do PSB para a área de saúde no Recife - Reprodução/blog Imagem

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