NAZISMO

Políticos comparam ação da PRF em Sergipe com câmara de gás nazista

Um homem foi sufocado numa viatura da PRF, em Sergipe. Políticos comparam o ocorrido com extermínio nazista, promovido com câmaras de gás

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Augusto Tenório

Publicado em 26/05/2022 às 13:45 | Atualizado em 26/05/2022 às 16:55
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Caminhões de extermínio, capazes de bombear gás para seu interior, eram estacionados na zona rural da Alemanha nazista, sufocando assim suas vítimas. A câmara de gás móvel é descrita no livro A lista de Schindler (Thomas Keneally, 1982). Cá, mais de 70 anos após a morte de Hitler, lembrança desse passado voltou ao debate público após homem ser sufocado em viatura da PRF, no interior de Sergipe.

Nas redes sociais, políticos se posicionaram sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, comparando a cena com o extermínio promovido por nazistas. O homem foi imobilizado por policiais rodoviários federais e colocado dentro do porta-malas de uma viatura, que encontrava-se tomado por fumaça.

Vídeo mostra as autoridades da Polícia Rodoviária Federal segurando o porta-malas, no qual Genivaldo foi colocado, enquanto sua perna aparece para fora da viatura, se debatendo. Laudo do IML aponta morte por asfixia mecânica e insuficiência respiratória. Genivaldo era casado e deixa um filho.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a citar o nazismo para comentar o ocorrido: "Bolsonaro copia o nazismo: na mentira, militarização, culpar a esquerda pelos fracassos, perseguir minorias e agora aplaude o extermínio e a matança. O que faz PRF em operações de fuzilamento no RJ e execuções com gás em SE? Os nazistas não passarão".

Guilherme Boulos (PSOL) seguiu a mesma linha: "Uma das cenas mais bárbaras do Brasil bolsonarista. Transformaram a viatura numa câmara de gás. Ainda é possível que sejam elogiados pelo presidente, como os policiais da chacina no Rio. Esses assassinos sádicos têm que ser presos. Minha solidariedade aos familiares de Genivaldo".

O deputado federal Ivan Valente (PSOL) afirmou que o "crime" não pode ficar impune, alegando que as forças policiais não podem ser transformadas numa "milícia assassina".

Já Alessandro Vieira (Cidadania), senador por Sergipe, adotou tom mais brando: "O trabalho policial é complexo e arriscado. Exige capacitação e equilíbrio. Nada justifica a sequência de erros que causaram a morte de um cidadão em Umbaúba/SE, durante ação da PRF. Presto total solidariedade aos familiares da vítima e aguardo a posição da Justiça sobre o caso".

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