Exclusivo: ministro da Justiça pode ser convocado a prestar esclarecimento na Câmara após caso de Sergipe
Se requerimento for aprovado, Anderson Torres pode ser convocado a prestar esclarecimento na Câmara dos Deputados sobre caso ocorrido em Sergipe
Protocolou-se há pouco, na Câmara dos Deputados, um requerimento exigindo que a casa convoque o ministro da Justiça, Anderson Torres, para dar esclarecimentos sobre o caso do homem morto durante ação da PRF em Sergipe. O homem chamava-se Genivaldo e foi asfixiado dentro de uma viatura tomada por fumaça.
O requerimento foi protocolado pelo deputado federal Túlio Gadelha (REDE-PE). Se aprovado, Anderson Torres terá de prestar esclarecimento à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
"Nunca a polícia esteve tão violenta. Quem deveria proteger, agride, deixa sequelas ou mata. Não são apenas corpos. É a reputação do Estado. São sequelas na credibilidade do papel das forças de segurança pública. Fato é que um homem foi assassinado pelo Estado brasileiro em uma câmara de gás. Crimes como esse não ficarão impunes", defende Gadelha.
O parlamentar pernambucano também entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF), requerendo ampla investigação nos âmbitos criminal e cível sobre os policiais que estavam envolvidos na morte do homem, asfixiado durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe.
Em tempo, o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, também acompanha a morte de Genivaldo.
O parlamentar oficiou a Polícia Civil de Sergipe, a Polícia Federal e a Procuradoria da República em Sergipe, bem como a própria PRF, para requerer informações sobre os procedimentos de investigação referentes ao caso.
Mais informações sobre o caso do homem asfixiado em ação da PRF em Sergipe
A vítima foi identificada como Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. O sobrinho da vítima, Wallyson de Jesus, presenciou a situação e afirmou que o tio tinha um transtorno mental. Diversos políticos falaram sobre nazismo ao se referir à cena.
Isso porque, nas imagens gravadas pela população, é possível ver Genivaldo ser rendido por dois policiais. Ele está no chão e depois é colocado no porta-malas da viatura, que encontra-se tomada por fumaça.