Ex-senador bolsonarista acusa ministro do STF de agredir mulheres
O senador Magno Malta (PL-ES), um dos mais bolsonaristas na Câmara Alta, acusa um ministro do STF de agredir mulheres
O ex-senador Magno Malta (PL-ES), um dos mais bolsonaristas na Câmara Alta, acusou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de agredir mulheres. A fala ocorreu num evento promovido pelo Instituto Conservador-Liberal, presidido por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), realizado no último sábado (11), em Campinas (SP).
Magno Malta atacou diversos ministros, citando nominalmente Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Esse último, porém, foi o principal alvo, sendo chamado de agressor de mulheres pelo ex-senador.
De acordo com o ex-parlamentar, quando o Senado foi sabatinar Luís Roberto Barroso, os senadores descobriram que ele respondia a dois processos no Supremo Tribunal de Justiça. Eles correriam no âmbito da Lei Maria da Penha, por suposto espancamento de uma mulher.
As críticas a Barroso começaram pelo seu passado de advogado, quando defendeu nomes como o ativista Cesar Battisti. Também foram alvo de ataques seus posicionamentos a favor de ampliação do direito ao aborto e descriminalização da maconha.
"Sabe por que eu lutei contra Barroso? Advogado de Cesar Battisti, das ONGs abortistas e da legalização da maconha. (...) Barroso quando ele é sabatinado a gente descobre que ele tem dois processos no STJ, na Lei Maria da Penha, por espancamento de mulher. Além de tudo, o Barroso bate em mulher. Eu só falo o que eu posso provar", afirmou Magno Malta.
A onda de críticas ocorreu logo após o ex-senador chamar Daniel Silveira, condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão e perda de direitos políticos, ao palco. O deputado recebeu um 'perdão' especial do presidente Bolsonaro (PL).
Acusação contra Barroso é de 2013 e não se manteve
Há quase dez anos, Luís Roberto Barroso foi alvo de acusações feitas por uma advogada. A jurista afirmava que o ministro praticou calúnia, difamação e agressão contra ela, além de formação de quadrilha, prevaricação e advocacia administrativa.
Na época, concluiu-se que, na verdade, a mulher perseguia o ministro sem fundamento. Isso foi o que disse Eliana Calmon, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que analisou a ação.