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'Falei que botaria cara no fogo pelo Milton Ribeiro e exagerei. Boto a mão', diz Bolsonaro

Na fala, o presidente Bolsonaro criticou o juiz que mandou prender o ex-ministro Milton Ribeiro

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Jamildo Melo

Publicado em 23/06/2022 às 19:58 | Atualizado em 23/06/2022 às 21:52
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O presidente Bolsonaro usou a live semanal, realizada nesta quinta-feira na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, para comentar o caso do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, preso nesta quarta-feira, em São Paulo, por suposta corrupção. Bolsonaro disse que a Polícia Federal está investigando o caso a pedido do próprio ex-ministro Milton Ribeiro, depois de um levantamento da Controladoria Geral da União (CGU).

'No passado recente, falei que botaria cara no fogo pelo Milton Ribeiro e exagerei. Boto a mão', iniciou Bolsonaro, já no trecho final da live semanal.

"(Encontros no Palácio e projetos no MEC) Era para dar um moral para o pastor... a imprensa pega... investiguem ai melhor. A PF levou em conta o trabalho da CGU. O processo está em segredo de Justiça", afirmou, para um público que chegou a cerca de 18 mil pessoas no You Tube.

“Não foi corrupção como em governos anteriores. Foi história de fazer tráfico de influência”, justificou

"Não resta dúvida que é constrangedor, ninguém quer isto, a polícia na porta da sua casa. Fiquei chateado. A imprensa quer colar em mim a imagem de corrupto", disse.

Na mesma fala, Bolsonaro criticou o juiz da primeira instância da Justiça de São Paulo que mandou prender o ex-ministro da Educação.

"O juiz é o mesmo que no ano passado deu uma sentença mandando me multar por andar sem máscara, mesmo sem comprovação (que evitasse a propagação da covid). Ele tem também uma decisão contra o presidente da Fundação Palmares. Não é competência deles"

"O MP em Brasília foi contra, não havia indícios de prova. Porque não pode ter R$ 50 mil, R$ 100 mil na tua conta? Teve a compra de um carro lá, não havia materialidade alguma (para pedir a prisão). Eles querem desgastar o governo, fazer mal a família do Milton. Não podemos ser levianos contra ele."

"Milton Ribeiro nem devia ter sido preso, é maldade, acho que ia ser solto depois das eleições. Se aparecer algo, que ele (Milton Ribeiro) responda"

Caindo no forró, em Caruaru

Na fala, o presidente confirmou que por volta das 20h30 vai ao pátio de eventos Luiz Lua Gonzag, na noite desta quinta-feira (23).

No vídeo, Bolsonaro apareceu ao lado do ministro do Turismo, Carlos Alberto Gomes de Brito, de Caruaru. Bolsonaro disse que Machado iria se eleger Senador e assim não voltaria a ser ministro do Turismo.

Depois do turismo, o presidente chamou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando voltou a criticar a Petrobras e o governo Dilma, com "inflação da corrupção". Ele disse que o governo dele é melhor porque teve pandemia e resistiu.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também participou da live ao comentar a anistia no Fies, com a dívida de um milhão de jovens com o endividamento no cadastro. Bolsonaro criticou a grande quantidade de universidades no governo Lula. "Vamos libertar essa garotada do SPC", disse.

A movimentação para chegada do presidente começou ainda na manhã desta quinta-feira (23), em Caruaru.

GUGA MATOS/JC IMAGEM
Motociata de Bolsonaro na cidade de Caruaru, no dia 23 de junho - GUGA MATOS/JC IMAGEM

O principal articulador da presença do presidente Jair Bolsonaro no São João de Caruaru foi Gilson Machado Neto, que chegou cedo à Capital do Forró.

“É histórica a presença de um presidente da nação, na cidade com o maior e melhor São João do mundo, no dia de maior movimentação do mês de junho, contemplando a valorização do festejo e comemorando a grande movimentação econômica gerada pela festa. Além de tudo isso, ainda existe a satisfação de ver o presidente, celebrando em Caruaru, o primeiro São João onde o forró está considerado como patrimônio cultural e imaterial pelo IPHAN”, comemorou o ex-ministro, que fez parte do processo de reconhecimento.

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