Corrupção
Ex-presidente da Petrobras diz que tinha mensagens que incriminavam Bolsonaro, diz jornal
Ex-presidente da estatal também teria chamado presidente de "psicopata" em mensagem
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Antônio Gois
Publicado em 27/06/2022 às 8:23
| Atualizado em 27/06/2022 às 8:35
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Neste domingo (26), uma reportagem do Metrópoles mostrou conteúdo de mensagens trocadas pelo ex-presidente da Petrobrás Roberto Castello Branco e Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil.
Num grupo de economistas, eles debatiam sobre a alta do preço dos combustíveis. Novaes então afirmou que o colega estaria atacando o presidente.
"Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles e quando falo procuro evitar ataques", disse o ex-presidente da Petrobras.
Castello Branco foi o primeiro presidente da estatal na gestão de Bolsonaro, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Além disso, ele afirma: "no meu celular corporativo tinham mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras".
Porém, nem nas mensagens e nem na matéria são revelados o teor de tais materiais.
Em outra mensagem, acerca de uma teoria conspiratória difundida por Bolsonaro, Castello Branco o chama de "psicopata".
"Já ouvi de seu presidente psicopata que nos vagões dos trens da Vale, dentro da carga de minério de ferro vendido para os chineses, ia um monte de ouro", declarou em mensagem.
Castello Branco assumiu o comando da empresa depois de trabalhar por 15 anos na Vale, onde foi economista-chefe e diretor de relações com investidores.
Para a reportagem do Metrópoles, Roberto Castello Branco afirmou que não iria falar sobre o assunto, mas não negou a veracidade da conversa.
“Se nunca comentei, não vou comentar agora. Até porque me desfiz das provas”, respondeu.