Igreja Católica de Caruaru responde a Paulo Camara
A Igreja Católica de Caruaru afirma ainda que não teve culpa pela inexecução do contrato com a gestão Paulo Câmara
Nesta quarta-feira, o Blog de Jamildo informou que o Governo Paulo Câmara pediu a devolução imediata de R$ 2,5 milhões repassados à Igreja Católica em Cararu para construção de 720 cisternas, que supostamente não foram entregues.
A Igreja Católica (Diocese de Caruaru) divulgou nota sobre a cobrança. Veja os termos abaixo
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA IGREJA SOBRE A COBRANÇA MILIONÁRIA DO GOVERNO
É bem verdade que a Diocese de Caruaru firmou com a Administração Pública, no dia 02 de setembro de 2015, o contrato de prestação de serviços para a implementação de tecnologias sociais de acesso à água, e que de fato não houve a construção de 720 (setecentas e vinte) cisternas, de um total de 1.751 ( mil setecentos e cinquenta e uma) cisternas.
Acontece que a inexecução parcial do contrato em questão não foi motivada por ação ou omissão da Diocese de Caruaru; é que fatos alheios a sua vontade ensejaram a impossibilidade de conclusão da integralidade das tecnologias objetos do contrato em questão.
Durante a vigência do contrato, a Diocese de Caruaru foi surpreendida com a dificuldade na obtenção de insumos e mão de obra no setor da construção civil, o que acarretou também na elevação dos custos para a construção de cada cisterna. Tais fatos impactaram diretamente na continuidade do contrato, causando uma onerosidade excessiva e insustentável para a Diocese de Caruaru, motivando o pedido de rescisão contratual.
Desta forma, a Diocese de Caruaru desde já esclarece que não foi omissa com relação às suas obrigações perante a Administração Pública, ao revés, a Diocese de Caruaru tem plena consciência das suas responsabilidades e devolverá para a Administração Pública os valores referentes a inexecução do contrato.
Contudo, como não motivou o descumprimento contratual e sempre agiu com transparência, boa-fé e cooperação, a Diocese de Caruaru vem tomando todas as medidas cabíveis para que seja afastada a aplicação de qualquer penalidade.
Feitos os supracitados e necessários esclarecimentos, a Diocese de Caruaru deseja que todos os fiéis católicos possam rezar e viver a Missão em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana.
Resumo da opera
A Igreja diz que "vem tomando todas as medidas cabíveis para que seja afastada a aplicação de qualquer penalidade e que não teve culpa pela inexecução do contrato".
"A Diocese de Caruaru foi surpreendida com a dificuldade na obtenção de insumos e mão de obra no setor da construção civil, o que acarretou também na elevação dos custos para a construção de cada cisterna. Tais fatos impactaram diretamente na continuidade do contrato, causando uma onerosidade excessiva e insustentável para a Diocese de Caruaru, motivando o pedido de rescisão contratual", afirma a nota oficial.
O Governo do Estado já mencionou a possibilidade da Igreja ser penalizada e proibida de contratar com o Poder Público por dois anos. Não foi só isso. O Governo do Estado já até emitiu um boleto para a Igreja fazer o pagamento.