Entrevista

Bolsonaro tem falas polêmicas sobre racismo e vacina em programa americano; presidente também fez críticas à Lula

O apresentador Tucker Carlson, ícone do conservadorismo na mídia dos EUA, elogiou Bolsonaro pelas falas anti-vacina e se referiu a ele como o único líder mundial que assumiu não ter se vacinado

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Antônio Gois

Publicado em 01/07/2022 às 7:44 | Atualizado em 01/07/2022 às 12:05
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Em entrevista exibida nesta quinta-feira (30) no canal americano Fox News, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou não ter se vacinado e minimizou o racismo no Brasil e o desmatamento na Amazônia.

O apresentador Tucker Carlson, ícone do conservadorismo na mídia dos EUA, elogiou Bolsonaro pelas falas anti-vacina e se referiu a ele como o único líder mundial que assumiu não ter se vacinado.

"Eu não pedi que as pessoas se vacinassem. Eu respeito a liberdade individual. Cada um é livre para se vacinar ou não. E eu acredito que cerca de 20% dos brasileiros decidiram não tomar a vacina", disse Bolsonaro.

Ainda afirmou: "se alguém já contraiu o vírus, a vacina realmente não ajuda. A vacina seria inócua. Foi o meu caso. É porque eu não tomei a vacina. Mas comprei vacinas para todos os brasileiros".

Nessa sexta-feira (1), o Brasil tem a marca de 671 mil pessoas mortas em detrimento à Covid-19, com mais de 32 milhões de casos confirmados.

CRÍTICAS À LULA

Completando a fala que havia sido veiculada no meio desta semana, Bolsonaro fez críticas ao principal adversário político e pré-candidato petista Lula (PT).

"Mesmo antes de Lula tomar posse, a esquerda pregava a divisão das pessoas em identidades, como negros e brancos, empregados e patrões e pessoas do Nordeste e do Sudeste, e ganharam apoiadores por isso", afirmou.

Segundo Bolsonaro, Lula "quer voltar a emprestar dinheiro para ditadores pelo mundo", "desarmar a população de bem" e "revitalizar o MST".

BOLSONARO MINIMIZA RACISMO NO BRASIL

O presidente também comentou sobre o racismo no Brasil. Segundo ele, existe, mas sem tanta gravidade.

"Há racismo sim no Brasil, mas não como é frequentemente descrito. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas", afirmou.

AMAZÔNIA

Por fim, Bolsonaro minimizou o desmatamento na Amazônia. De acordo com ele, o uso de mais tecnologia vai ajudar a monitorar e proteger a floresta.

"Não dependemos do interesse internacional em preservar a Amazônia. É de nosso próprio interesse e, é claro, queremos que esses esforços de preservação sejam recompensados de alguma forma, por meios como créditos de carbono", declarou.

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