Maior empresa de navegação do mundo revela planos para atuar em Suape
De olho em Suape, a maior empresa de navegação do mundo, a Maersk, vem conversando com o EAS desde o início da recuperação judicial, em fevereiro de 2020
A Maersk, por meio de sua subsidiária APM Terminals, revelou sua estratégia para o Porto de Suape, caso vença a disputa para adquirir uma área do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Porto de Suape, em Pernambuco.
O interesse na aquisição foi revelada pelo blog de Jamildo no mês passado, com exclusividade.
O plano da empresa de navegação é começar a operação com uma capacidade inicial de 400 mil TEUs (medida referente a um contêiner de 20 pés).
“Este seria o ponto de partida. A partir daí, esperamos que o mercado reaja aos menores preços e que possamos expandir a capacidade, potencialmente fazendo de Suape um ‘hub’ para o Nordeste”, afirmou ao Valor Econômico Leonardo Levy, gerente de Desenvolvimento Corporativo da APM Terminals na América Latina.
“Vemos muito potencial em Suape. Além da possibilidade de agregar mais serviços de longa distância, há espaço para converter mais carga de caminhões à cabotagem, que é muito forte no porto, mas ainda sofre com preços altos. Queremos trazer mais competição a esse mercado”, diz Levy.
O grupo planeja investir até R$ 2,6 bilhões em um novo terminal de contêineres no local. Porém, para isso, a empresa ainda terá que vencer o leilão de venda do ativo, que ocorre no âmbito da recuperação judicial do estaleiro.
Hoje, a empresa de navegação e logística já opera em Itajaí (SC), Itapoá (SC), Pecém (CE) e Santos (SP, em parceria com a TIL, da MSC).
A Maersk vem conversando com o EAS desde o início da recuperação judicial, em fevereiro de 2020.
Santi Simone Casciano, líder de Desenvolvimento Comercial da APM Terminals na América Latina, disse que o interesse em entrar no mercado de Suape vem de muito antes.
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