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Pacheco abre CPI do MEC, mas investigações só começam após as eleições

Presidente da Casa Alta leu em plenário o requerimento que determina a criação da comissão, mas entrou em acordo com líderes para deixar início para o fim do ano

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 07/07/2022 às 8:21 | Atualizado em 07/07/2022 às 8:24
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), determinou a abertura da CPI do MEC na noite desta quarta-feira (6). Ele leu o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito no plenário da Casa.

Apesar de oficializar a abertura da comissão, a leitura não garante o início imediato das investigações. Pacheco entrou em acordo com líderes do Senado na última terça-feira (5) para que os trabalhos comecem no final do ano, após as eleições.

A abertura também depende da indicação das lideranças partidárias que irão compor a CPI. Esses nomes também só devem ser escolhidos após o pleito.

A decisão de postergar o início da CPI foi tomada para evitar que os resultados das investigações possam impactar as eleições presidenciais.

A CPI do MEC tem como objetivo investigar o escândalo envolvendo o ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro e os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, suspeitos de participar de um esquema de corrupção no repasse de verbas do FNDE. Também há acusações de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A previsão é de que a comissão seja composta por 11 senadores titulares e 11 suplentes, com duração de até 90 dias.

Para a base governista, o retardamento foi visto como uma vitória, já que a comissão poderia desgastar a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o UOL, foram favoráveis à instalação imediata da CPI os líderes das bancadas da Rede, MDB e PT.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), autor do pedido de criação da CPI, avalia entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a abertura da comissão.

Outras CPIs


Além da CPI do MEC, Pacheco também leu requerimentos de abertura de outras duas comissões: a de Obras Inacabadas, que vai investigar obras atrasadas em governos anteriores, e a do Narcotráfico e Crime Organizado, que quer investigar a atuação de organizações criminosas em presídios.

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