Bolsonarista atira em petista durante festa de aniversário
Policial bolsonarista teria invadido festa de guarda municipal, que fazia parte da direção do PT local
Durante a comemoração do seu aniversário, cuja festa teve como tema o ex-presidente Lula (PT), o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda foi morto a tiros. Ele trocou disparos com o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). A morte repercute e alerta sobre crescente violência política no Brasil.
- Veja aqui o vídeo que mostra momento em que bolsonarista invade festa de líder do PT e abre fogo contra aniversariante
Os dois foram socorridos e levados a um hospital de Foz do Iguaçu, onde o crime aconteceu, mas não resistiram aos ferimentos. Marcelo, que celebrava 50 anos de vida, deixa a esposa e quatro filhos.
De acordo com o PT, o policial penal invadiu a festa, gritando e chamando o nome de Bolsonaro. Cerca de 40 pessoas estavam reunidas no aniversário, mas elas não conheciam o invasor.
Guaranho teria apontado a arma para o guarda municipal e feito ameaças. Ele deixou o local na sequência e retornou, pouco depois, disparando contra Arruda. O guarda municipal revidou os tiros, atingindo o Guaranho.
Marcelo Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e chegou a se candidatar como vice-prefeito na cidade, ainda em 2020.
"Mais um querido companheiro se foi nessa madrugada, vítima da intolerância, do ódio e da violência política", lamentou o Partido dos Trabalhadores, em nota.
Lula se pronuncia e lamenta as mortes
Através do Twitter, o ex-presidente Lula se pronunciou sobre o caso de violência política. Lamentou a morte do seu correligionário, mas também pediu solidariedade à família do policial bolsonarista.
"Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável", diz Lula.