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Estaleiro Atlântico Sul diz que leilão de áreas internas vai ampliar negócios e empregos em Suape

Estaleiro Atlântico Sul confirma que entrou na Justiça do Estado para retomar leilão de áreas internas

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Jamildo Melo

Publicado em 11/07/2022 às 19:20 | Atualizado em 11/07/2022 às 20:05
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Sem alarde, o Estaleiro Atlântico Sul, de Suape, entrou na Justiça do Estado, nesta segunda-feira, com um embargo, para tentar derrubar a suspensão do leilão de áreas internas que estava sendo organizado pela Justiça de Ipojuca.

O pedido de suspensão foi apresentado pelo Tecon Suape, na semana passada, alegando que um dos concorrentes estava sendo beneficiado pelas regras do leilão. O magistrado Bartolomeu Bueno, em decisão liminar, suspendeu o leilão na véspera de sua realização, concedendo um prazo de 15 dias para a defesa.

"Temos um direito muito bom. A preparação do leilão foi prececida de todos os requesitos legais. Não vemos motivos para que perdure a suspensão. Vamos reverter esta decisão. Esperamos que a Justiça consiga enxergar o nosso direito", comentou a direção da empresa, em contato com o blog nesta segunda-feira.

Atraso e riscos para a economia de Suape

O comando da empresa acredita que a insegurança jurídica gerada recentemente pode ser prejudicial aos negócios em Suape.

"É importante que o leilão ocorra rapidamente. Se não for concluído, é ruim para nos (EAS), para os credores, para Pernambuco. Caso se alongue (a retomada) podemos correr risco de perdas. A insegurança jurídica acaba criando uma situação de temor (aos investidores). Por isto, esperamos a solução do caso", informou a principal executiva da empresa, Nicole Mattar Haddad.

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Tecon Suape, da filipina ICTSI, não quer a concorrência da maior empresa de navegação do mundo - DIVULGAÇÃO

Críticas ao Tecon Suape

Mesmo com diplomacia, a empresa não deixou de criticar a iniciativa do Tecon Suape, comentando que os filipinos argumentaram na Justiça que o sistema de preferência dado à Maersk seria injusto, mas o grupo usou o mesmo sistema legal para arrematar um terminal no Rio de Janeiro.

"O estaleiro não faria isto, eu jamais faria isto", disse a executiva. "Não faço juízo de valor, mas é contraditório, eles usaram a ferramenta e depois passam a questioná-la, não seria esperado".

Novos negócios

"A área do terminal portuário trará desenvolvimento econômico e novas rotas de navegação. Nós estamos cumprindo à risca o plano de recuperação, com reparos e novos negócios. A venda das áreas é importante para o pagamento dos credores e também para manter o papel social dele, de gerar empregos. A demanda não prevê o uso de toda a área, para a produção naval"

Admissão de novos interessados, só com novo acordo

A empresa diz que os fundos americanos não cumpriram requisitos para participar do leilão.

De acordo com a empresa, a lei determina os requisitos para que os concorrentes se habilitem e cumpram esses requisitos.

"Para mudar (o leilão), precisamos começar um novo processo", diz a empresa.

"Eles (fundos americanos) não mandaram demonstrativos financeiros, qual é a estrutura financeira da empresa? Não se sabe nem quem são os reais investidores... Quem são os investidores? Quais são as garantias? Quem não cumprir o que diz a lei não pode ser considerado. Tem que ser isonômico... só com real interesse".

 

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