Eleições 2022

Após aprovação da PEC Kamikaze, Bolsonaro tem áudio vazado sobre pobreza; confira

Com a corrida eleitoral pelo Planalto, a aprovação no Congresso da PEC Kamikaze, pacote de benefícios sociais no valor de R$ 41 bilhões

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Lorena Lins

Publicado em 14/07/2022 às 17:05 | Atualizado em 14/07/2022 às 17:48
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Nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou o principal assunto das redes sociais após a divulgação de um áudio em que ele trata do voto contra o Fundo de Combate à pobreza, há 22 anos.

A fala do presidente repercutiu por ter sido contra a medida na época, além de dizer que o programa estimula que a “classe pobre cada vez tenha mais filhos”.

Segundo o Portal O Globo, Bolsonaro seria o único deputado federal a se opor à proposta, que foi aprovada pelo Congresso com cerca de R$ 2,3 bilhões de recursos: R$ 1,3 bilhão para programas de transferência de renda e R$ 1 bilhão para ações de saneamento.

Com a corrida eleitoral pelo Planalto, a aprovação no Congresso da PEC Kamikaze, pacote de benefícios sociais no valor de R$ 41 bilhões, o vazamento desse áudio não está sendo bom para a imagem do presidente. No Twitter a frase: “Jair odeia pobres” entrou nos assuntos mais procurados.

“Eu me orgulho de ter votado contra o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. Me orgulho e muito, porque é um fundo que aumenta imposto, aumenta a CPMF, aumenta o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).", disse o presidente.

"E nós sabemos que, infelizmente, esse dinheiro não terá destino certo, será usado o critério do clientelismo, assim como foi usado o critério da demagogia, por parte do autor da proposta, para aprovar isso aqui.”, continuou.

Em seguida, o presidente falou que apoiaria o projeto de Lei caso houvesse controle de natalidade

“Se não for assim, tudo que nós estamos fazendo aqui não terá seu objetivo. Então, aprovaria até essa proposta, vindo junto com uma política de controle de natalidade. Porque nós estamos, na verdade, estimulando que a classe pobre cada vez tenha mais filhos.", comentou o presidente.

"Principalmente agora que eles estão sabendo que deve uma grande parte, uma totalidade desse dinheiro, ser empregado no programa chamado Bolsa-escola, ou seja, ‘eu quero ser reprodutor, quanto mais filho eu tiver mais salário mínimo eu vou ganhar’”, concluiu.

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