'Morte' fictícia de Bolsonaro vai parar nas mãos de Augusto Aras
Filipe Barros protocola requerimento de Notícia-Crime contra imagens que circularam no final de semana
Menos depois de uma semana da morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, por uma agente penal que está sendo associado ao bolsonarismo, o deputado federal Filipe Barros (PL/PR), aliado de Bolsonaro, disse que apresentou uma ação na PGR, para apurar supostos crimes e responsabilizar envolvidos por um vídeo vazado de um filme que nem concluído foi ainda.
"É uma oportunidade de se quebrar o ciclo de legitimização do discurso hipócrita de “antiviolência” dos opositores do presidente, passando as instituições brasileiras a respeitar e proteger a integridade física e moral de todos os cidadãos, inclusive do presidente Jair Bolsonaro”, declarou.
De acordo com o parlamentar, na ação levada à Procuradoria Geral da União, seria apurada suposta conduta delitiva - ação ou comportamento que ofende a lei penal - em relação às imagens divulgadas no final de semana retratando explicitamente um atentado contra a vida do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.
“Na manhã do último sábado, dia 16, a sociedade brasileira se deparou, estarrecida, com imagens que simulavam o magnicídio do ilustre Presidente Bolsonaro. A população de bem do Brasil se revoltou e, por meio deste requerimento encaminhado ao Procurador-Geral da República Augusto Aras, solicito que diante desta Notícia-crime seja desenvolvida uma investigação sendo necessária a adoção imediata de medidas enérgicas contra a flagrante incitação de violência contra o Chefe Máximo do Estado Brasileiro".
"Isso não é arte, não é cultura, não é produção cultural, não é jornalismo; isso é crime”, afirma Filipe Barros.
O requerimento destaca que os crimes potencialmente incitados são diversos.
"... na medida em que as imagens explicitamente ilustram grave violência, entre elas verificam-se: incitação ao homicídio, lesão corporal seguida de morte, crime contra o estado Democrático de Direito e crime de Golpe de Estado".
“Tratando-se de ano eleitoral, não é exagero vislumbrar a necessidade de aprofundada investigação também quanto a crimes eleitorais na divulgação das fotos e assim também solicitei o encaminhamento do meu requerimento à Procuradoria Geral Eleitoral do Ministério Público Federal para as devidas providências”, disse Filipe Barros.