Desunião por Pernambuco

'Vaias foram orquestradas por Marília Arraes', avaliaram PT e PSB após evento com Lula

Para as lideranças da aliança, a orquestração teria sido promovida, com militantes pagos, pela opositora Marília Arraes

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Jamildo Melo

Publicado em 22/07/2022 às 9:37 | Atualizado em 22/07/2022 às 10:05
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No final da noite desta quinta, após o ruidoso evento com Lula no Recife, lideranças do PT e PSB avaliaram que foi orquestrado, não orgânico, o movimento de vaias contra Danilo Cabral e Paulo Câmara, na frente do ex-presidente Lula.

Para as lideranças da aliança, a orquestração teria sido promovida, com militantes pagos, pela opositora Marília Arraes.

"Esperava-se alguma reação, seria natural, mas não algo tão grande, fabricado. O PSB subestimou o tamanho da claque montada por Marília. Eram cerca de 150 pessoas, alguma delas identificadas como gente da campanha dela, tirando palavras de ordem", informa uma raposa felpuda do PT.

Defendendo um palanque duplo para Lula em Pernambuco, com Danilo Cabral, Marília Arraes acabou sendo barrada dos eventos realizados pelo PSB com Lula e o PT para tentar alavancar a candidatura de Danilo Cabral.

"Quem estava dentro percebeu toda a movimentação... quando Lula çomeçou a falar (ou seja, não haveria mais falas de Danilo ou aliados do PSB), essa galera começou a sair", diz a fonte.

De acordo com essas informações de bastidores, o PSB, na coordenação da campanha, vai reavaliar o que aconteceu e deve tomar providências contra "a infiltração".

Wesley D’Almeida/divulgação
Danilo Cabral enfrentou vaias no evento do Recife e também pelo interior - Wesley D’Almeida/divulgação

 

Meu candidato a governador é o companheiro Danilo, diz Lula

"O problema de Marília é que, a exemplo de suas falas em Garanhuns e em Serra Talhada, Lula foi enfático em desmentir as tentativas de outros pré-candidatos de se vincularem ao seu nome para enganar o povo e fazer parecer que o ex-presidente os apoia", foi o manta dos socialistas.

Os socialistas repisaram que o petista repetiu pela quarta vez "para não deixar dúvidas".

“Eu virei aqui várias vezes, mas eu quero que vocês saibam que no estado de Pernambuco meu candidato a governador tem nome; é o companheiro Danilo. Eu sou da época em que a gente fazia acordo com o fio do bigode. E nós vamos ganhar a eleição aqui para a gente começar a revolução mais pacífica deste país”, disse Lula, ao lado de Danilo e das pré-candidatas Luciana Santos (vice) e Teresa Leitão (Senado).

Também participaram do ato o governador Paulo Câmara, o prefeito João Campos e lideranças nacionais da coligação de Lula.

Danilo Cabral aproveitou discurso para apresentar-se firme.

“Dom Helder dizia que, quanto maior o desafio, mais apaixonante ele é. Eu estou apaixonado por esse desafio, presidente. Eu saio depois de tudo que a gente vivenciou aqui me lembrando do que o senhor disse lá em Garanhuns. Eu saio com um tesão danado para ganhar esta eleição! Eu estou animado! Eu gosto disso; é de desafio. Não tenho dúvida que, a partir de janeiro de 2023 - escreva aí -, Danilo Cabral vai ser governador de Pernambuco. A gente está com uma saudade danada do senhor. O tempo bom vai voltar. Ariano dizia que sonhava com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo. E eu sonho que a gente vai espelhar mais esperança. Viva Pernambuco!”, afirmou.

Teresa Leitão falou a eleição de vida.

"Eu quero estar no Senado, presidente, para lhe ajudar no revogaço. E senador que votou na reforma da previdência, na reforma administrativa, no teto dos gastos, nas privatizações, não merece o respeito do povo de Pernambuco”, disse a petista.

Luciana Santos exaltou a parceria histórica da Frente Popular com Lula.

“Sempre estivemos com Lula, na alegria e na tristeza. E meu partido sempre esteve na Frente Popular, desde os tempos de Pelópidas, passando por Miguel Arraes, Eduardo Campos e Paulo Câmara. E continuamos do mesmo lado, do lado do povo. Temos que tirar lições da história, entender a importância da unidade”, afirmou.

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