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Jovem Pan é obrigada a veicular resposta de deputada após matéria

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, a Jovem Pan terá de conceder direito de resposta a deputada após matéria controversa

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Augusto Tenório

Publicado em 25/07/2022 às 19:41 | Atualizado em 25/07/2022 às 19:42
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De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo (Folha de SP), a Jovem Pan terá de conceder direito de resposta a Sâmia Bonfim (PSOL). Isso porque, no programa Pingos nos Is, a emissora bolsonarista fez insinuações sobre os gastos do gabinete da deputada.

Na chamada da matéria nas redes, anunciou-se: "psolista odeia bilionários, mas não o dinheiro do povo". No entendimento da 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, o canal fez insinuação de que a parlamentar usou a verba para uso pessoal.

Durante a matéria tentava apontar uma suposta 'contradição' da líder do PSOL na Câmara. Era uma resposta ao posicionamento da deputada, de que bilionários não deveriam existir. Ela chegou a publicar um artigo, na Folha, defendendo sua análise.

Dessa forma, o programa expôs dados públicos sobre os gastos do gabinete de Sâmia Bonfim. Os dados foram acompanhados dos comentários de José Maria Trindade, Augusto Nunes e Cristina Graeml. Eles criticaram a parlamentar e sugeriram o mau uso da verba.

"É de se reconhecer, no caso vertente, a extrapolação dos limites da liberdade de expressão e do direito de informação dos meios de comunicação em detrimento do direito à honra", diz a juíza Edna Kyoko Kano em sua decisão.

Dessa forma, foi estabelecido um prazo de dez dias para a publicação da resposta de Sâmia Bonfim. Caso o limite seja descumprido, a empresa precisará pagar multa de R$ 1 mil por dia de atraso.

"Se no exercício regular de seu direito de imprensa a ré [Jovem Pan] transmitiu matéria em que são feitas críticas diretas, ofensivas e graves à conduta da autora [Sâmia], deve permitir que esta possa veicular sua versão sobre os fatos, independentemente de haver configuração de ilícito ou lesão moral, para que possa corrigir equívocos sobre sua imagem social", diz a decisão.

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