ESCÂNDALO NA CAIXA: investigação contra Pedro Guimarães ficará em sigilo
Pedro Guimarães é acusado de praticar assédios sexual e moral contra funcionárias da Caixa Econômica Federal
Nesta quarta-feira (27), o Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu por colocar a investigação contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal em sigilo. Pedro Guimarães é acusado de praticar assédios sexual e moral contra funcionárias do banco.
A decisão foi tomada pelo procurador titular do 14º Ofício, Paulo Neto. A justificativa dada foi que “a publicidade de tais elementos de prova pode acarretar prejuízo à investigação”.
Antes da decisão, na terça-feira (26/07), o MPT já havia transformado o inquérito civil em investigação preliminar. O procurador considerou que a denúncia de assédio já era um descumprimento da lei trabalhista e dos direitos coletivos dos trabalhadores. Com isso, a investigação será aprofundada.
Caixa tem prazo de 10 dias para reunir documentos necessários
O Ministério Público do Trabalho deu até 10 dias para a Caixa Econômica Federal juntar os procedimentos administrativos relacionados às 14 denúncias internas apresentadas entre 2019 e 2022 contra Pedro Guimarães.
Oito dias atrás, o diretor da Caixa responsável por realizar a investigação das denúncias internas foi encontrado morto na sede do banco.
Relembre o caso do assédio na Caixa
Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio no fim de junho e falaram para a coluna de Rodrigo Rangel no portal Metrópoles. Todas as mulheres faziam parte das equipes que atuam diretamente com o gabinete da presidência da Caixa.
Os relatos das mulheres traziam toques íntimos não autorizados, convites inapropriados e abordagens inadequadas por parte de Pedro Guimarães, o até então presidente da Caixa Econômica Federal. Após a repercussão do caso, Guimarães saiu da presidência da Caixa.