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Estaleiro Atlântico Sul entra na área de indústria pesada

Evento no Rio marca reposicionamento da companhia, que prevê atuação na indústria offshore e no mercado de energias renováveis

Jamildo Melo
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Jamildo Melo
Publicado em 17/08/2022 às 11:50
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Nova marca, novos negócios, no estaleiro de Suape - FOTO: Blog Imagem
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Depois de apostar nos últimos dois anos no segmento de reparos navais, o estaleiro entra em novos negócios e anuncia uma nova marca Atlântico Sul Heavy Industry Solutions, para marcar nova etapa de expansão que passa a incluir a indústria offshore e o mercado de energias renováveis.

Segundo a CEO do Atlântico Sul, Nicole Terpins, o reposicionamentoestá relacionado a um novo momento do setor, após a crise que o atingiu na última década.

“Acreditamos em uma retomada paulatina da indústria naval, dentro de um novo contexto, mais voltado para a indústria offshore e para as energias renováveis. Antecipando este momento, decidimos ampliar as atividades com foco nesse mercado”, explicou.

O anuncio do novo posicionamento acontece na Navalshore, principal evento do setor, aberto nesta terça (16) no centro de convenções Expo MAG, no Rio, e que vai até o dia 18.

Nesta quarta (17), Nicole fará uma conferência na Navalshore, em um painel sobre as perspectivas e oportunidades para a indústria naval e offshore.

De acordo com ela, esse mercado deve gerar uma demanda expressiva no país, dependendo apenas da formulação de políticas públicas adequadas.

Segundo Léo Delarole, diretor do Atlântico Sul, por enquanto a companhia se mantém focada no reparo de navios, devendo entrar em breve no segmento subsea.

"O segmento tem maior valor agregado eenvolve a construção de estruturas de apoio para equipamentos utilizados na exploração de petróleo no mar. Aempresa planeja ainda atuar no ramo de construção de torres eólicas onshore. Futuramente, a ideia é produzir também torres eólicas offshore. Ainda sobre mercado de reparo naval, o Atlântico Sul assinará, na Navalshore, mais um contrato com a empresa Norsul", informa a empresa.

Júlio Goes, consultor do EAS, afirma que o mercado brasileirotem grande potencial, mas ainda depende de regulamentação.

“Temos 8.600 km de costa totalmente explorável. A energia eólica responde por 11% da matriz energética brasileira, só atrás da hidrelétrica, produzindo um total de 21 gigawatts, ante 14 gigawatts gerados pela usina de Itaipu. Só em fase de licenciamento ambiental já temos mais de 160 gigawatts de energia eólica offshore. A competição será grande. Na Europa isso já é uma realidade”, afirma.

Outro ramo em que o Atlântico Sul pretende entraré ode descomissionamento (desmonte) de grandes plataformas de petróleo.

De acordo com Léo Delarole, a companhia deverá fechar o primeiro contrato para esse serviço no segundo semestre do ano que vem. Já a construção de plataformas dependeria de existir demanda. “Para isso, é preciso haver uma política de conteúdo local que incentive a construir.”

 

 

 

 

 

 

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