7 de setembro

7 de setembro: FENAE reage a convites feitos por Bolsonaro; confira nota

Segundo Sergio Takemoto, presidente da Fenae, o empregado se sente constrangido por não comparecer ao evento e sofrer retaliações.

Imagem do autor
Cadastrado por

Jones Johnson

Publicado em 07/09/2022 às 13:15
Notícia
X

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) reagiu aos convites enviados pelo Governo Federal para que os empregados da Caixa e outros órgãos públicos comparecessem ao desfile de 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios.

Segundo Sergio Takemoto, presidente da Fenae, o empregado se sente constrangido por não comparecer ao evento e sofrer retaliações:

"A direção da Caixa pode dizer que é convite, mas, na prática, é muito diferente. O empregado se sente constrangido, com medo de não comparecer e sofrer retaliações. Sabemos que isso acontece. Infelizmente, a cultura do assédio e a gestão pelo medo ainda continuam ocorrendo no banco público".

Segundo reportagens realizadas, a direção da Caixa Econômica encaminhou mensagens a vice-presidentes da empresa para que eles repassassem os convites às superintendências e diretorias da estatal.

Takemoto ainda revela que o aumento de empregados a Caixa que sofreram assédio moral aumentou: 6 em cada 10 bancários. A UnB (Universidade de Brasília) fez um estudo anterior e o número de casos chegava a 53,6%.

Confira a nota da Fenae

Em solidariedade às empregadas da Caixa vítimas de assédio sexual, conforme denúncias tornadas públicas nos últimos meses, o Conselho Deliberativo Nacional da Fenae divulgou Moção de apoio às trabalhadoras, cobrando agilidade na apuração dos casos formalizados ao Ministério Público Federal e à direção do banco.

“Denúncias tão graves não podem cair no esquecimento”, destaca o manifesto, que reforça a defesa de penalização dos responsáveis nos casos que forem comprovados pelas investigações.

“A banalização do assédio, historicamente, tem contribuído de forma decisiva para a impunidade de agressores. Não podemos permitir que isso se repita na Caixa, uma empresa reconhecida por sua atuação social em prol da redução das desigualdades sociais”, destaca a Moção.

“Vivemos tempos em que a sociedade clama por respeito aos direitos das mulheres e repudia todas as formas de violência”, reforça o manifesto. 

Tags

Autor