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LULA E OS EVANGÉLICOS: ex-presidente prepara carta para conquistar voto dos religiosos

Campanha petista quer conquistar votos evangélicos e se distanciar de "pautas de costume", como drogas e aborto, junto a esse público

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 07/10/2022 às 11:16
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Diferentemente do que foi dito pelo ex-presidente Lula (PT) nesta quinta-feira, quando afirmou que o partido não faz carta para diferentes setores da sociedade, a campanha do petista estaria preparando um documento aberto voltado para conquistar o voto dos evangélicos. A informação é da coluna de Malu Gaspar, de O Globo.

Segundo integrantes da campanha, a carta incluiria promessas de governo de Lula para essa fatia de eleitores. Uma delas seria a de que o petista não vai propor mudanças na legislação sobre drogas, aborto e na criação das crianças, no que diz respeito à “ideologia de gênero”.

O documento também incluiria ações realizadas por Lula em seus primeiros mandatos, como a sanção do Dia Nacional do Evangélico e o Dia Nacional da Marcha Para Jesus — este último sancionado pelo petista em 2009 numa cerimônia com diversos líderes evangélicos.

Lula também pretende lembrar que o número de igrejas evangélicas se multiplicou entre 2003 e 2016, nos governos dele e de Dilma. Além disso, reforçar que foi em seu governo que houve a expansão das denominações evangélicas, como a Universal, para países como Angola e África do Sul.

O momento certo da divulgação da carta está sendo discutido pelo QG de Lula. Parte da equipe diz que lançá-la agora seria prematuro, já que o conteúdo pode perder força daqui até o dia 30 de outubro. A ideia é soltar o documento o mais próximo possível do segundo turno.

Outra ala defende a divulgação imediata — esta parte da equipe, inclusive, diz que o documento devia ter sido soltado antes do primeiro turno, para conquistar os votos evangélicos naquele momento.

"Essa estratégia do PT de não acenar ao evangélico e se concentrar na pauta econômica é um equívoco. Não vão sensibilizar esse eleitor. A agenda do bolsonarismo e as igrejas evangélicas que o apoiam são quase que complementares. Está faltando os estudiosos do PT entenderem que o Brasil está transicionando para uma nação evangélica”, disse uma articuladora evangélica do PT ao O Globo.

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