ELEIÇÕES 2022

ELEIÇÕES 2022: Raquel Lyra ou Marília Arraes? Veja quem venceu as eleições em Pernambuco

Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD) disputaram o Governo de Pernambuco neste segundo turno

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Antônio Gois

Publicado em 30/10/2022 às 19:11 | Atualizado em 30/10/2022 às 21:36
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Raquel Lyra foi eleita Governadora de Pernambuco neste domingo (30). Com 100% das urnas do segundo turno apuradas, a candidata do PSDB obteve 3.113.415 votos, totalizando 58,70% dos votos válidos. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do Executivo pernambucano.

A candidata disputava o cargo com Marília Arraes (Solidariedade), que obteve 2.190.264 votos, o que representa 41,30% dos votos válidos dos pernambucanos.

A ex-prefeita de Caruaru assumirá o cargo no dia 1º de janeiro de 2023, com mandato de quatro anos. A vice-governadora do estado será Priscila Krause, do Cidadania.

A trajetória de Raquel até a vitória

Raquel Teixeira Lyra Lucena é nascida em Recife e criada em Caruaru. Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, Raquel tem 43 anos e já foi delegada da Polícia Federal e procuradora do Estado de Pernambuco.

Em sua carreira política, a tucana foi duas vezes deputada estadual (2010 e 2014), tendo a terceira maior votação do estado em sua reeleição.

JANAÍNA PEPEU/DIVULGAÇÃO
QUILÔMETROS Candidata percorreu municípios da Mata Sul e do Agreste - JANAÍNA PEPEU/DIVULGAÇÃO

Em março de 2016, durante seu segundo mandato como deputada, Raquel Lyra deixou o PSB, partido em que se elegeu ao cargo. Segundo ela, a legenda não a permitiu disputar a prefeitura de Caruaru, cargo que ela viria a conquistar em 2016, após sua entrada no PSDB.

Raquel Lyra foi a primeira prefeita de Caruaru, conquistando sua reeleição em 2020 no primeiro turno com cerca de 66% dos votos.

RAQUEL LYRA NA CAMPANHA PARA O GOVERNO DO ESTADO

Raquel Lyra (PSDB) oficializou sua candidatura ao governo de Pernambuco no dia 30 de julho deste ano.

Poucos dias antes ela já havia oficializado Priscilla Krause, que havia se afiliado ao Cidadania, como sua candidata à vice-governadora.

Essa foi a primeira vez em que duas mulheres disputaram o governo de Pernambuco na mesma chapa, fato lembrado pela própria Raquel em eventos de seu partido.

A ex-prefeita de Caruaru pautou sua campanha em relembrar os feitos desenvolvidos no interior. Emprego, segurança e moradia foram temas recorrentes em sua caminhada para tentar o governo do estado.

Américo Nunes/Divulgação
Raquel Lyra é a candidata a governadora do PSDB em Pernambuco - Américo Nunes/Divulgação

Por ter crescido na Capital do Forró, Raquel teve como um dos focos a gestão para as demandas do interior do estado. A falta de acesso à água. à estradas e à saúde foram temas também trazidos para o debate por parte da ex-prefeita.

Nos primeiros debates, Raquel foi deixada de lado por seus adversários, que trocavam acusações entre eles. Na reta final da campanha, ao mostrar um crescimento nas pesquisas, a candidata passou a ser mais visada pelos outros postulantes.

Um tema que foi uma pedra no sapato da candidata foi a questão dos transportes. A família da ex-gestora possui uma empresa de transporte municipal, fato recorrentemente lembrado por seus adversários.

Eles afirmavam que seu 'interesse pessoal' iria interferir em sua possível administração estadual. Raquel, por outro lado, defendia que não iria existir nenhum conflito de interesses, afirmando que, em sua vida pública, tratou todos os temas com honestidade.

No primeiro turno, Raquel havia ficado em segundo lugar, com 20,58% (1.009.556 votos), ficando atrás de Marília, que obteve23,97% (1.175.651 votos).

No dia da primeira votação, 2 de outubro, Raquel sofreu um baque pessoal depois que seu marido faleceu devido a um mal súbito. A candidata a vice, então, assumiu a campanha num primeiro momento, até que Raquel voltasse às atividades.

No segundo turno, Raquel evitou nacionalizar a disputa, resolvendo não divulgar seu voto para presidente. Ela passou a ser chamada de "bolsonarista", principalmente após receber apoio da bancada evangélica em Pernambuco. Marília, candidata apoiada por Lula, usou desse artifício para atacar a candidata.

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