IMBRÓGLIO

NAVIO-FANTASMA: Porto de Suape rebate MSK e nega falta de combustível que ocasionou troca do rebocador do porta-aviões

Empresa holandesa realizou a troca do rebocador do navio-fantasma no último sábado, sob justificativa de falta de combustível

Imagem do autor
Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 06/12/2022 às 9:42 | Atualizado em 06/12/2022 às 9:44
Notícia
X

No último sábado, a empresa holandesa MSK realizou a troca do rebocador do porta-aviões São Paulo, que está atracado próximo ao Porto de Suape e recebeu o apelido de "navio-fantasma".

A companhia afirmou que a substituição da embarcação aconteceu por "não haver combustível disponível em Suape para reabastecimento".

Nesta terça-feira, o Porto de Suape afirmou que não recebeu solicitação de abastecimento por parte da MSK.

A administração do complexo portuário alegou ainda que não há falta de combustível no atracadouro.

Confira a nota do Porto de Suape na íntegra

O Porto de Suape afirma que não recebeu qualquer solicitação de programação de abastecimento por parte da empresa proprietária do rebocador. E reitera que não há falta de combustível no atracadouro, atividade esta sob responsabilidade das empresas que operam granéis líquidos no porto organizado”.

Relembre o caso do navio-fantasma

O porta-aviões São Paulo, que pertencia à Marinha do Brasil, foi adquirido pela empresa turca SOK em 2020, com o objetivo de ser desmanchado e reciclado em um estaleiro internacional.

A companhia contratou a empresa holandesa MSK para rebocar o casco do porta-aviões até a Turquia, mas o país rejeitou a entrada da embarcação devido a riscos ambientais de contaminação por substância tóxica — o navio possui um carregamento de amianto.

A embarcação, então, voltou para o Brasil e permanece em alto-mar, a cerca de 30 km da costa pernambucana, na altura do Porto de Suape, e também não foi autorizada a atracar no local.

O Governo de Pernambuco afirmou que o navio “permanece sem permissão de atracação e segue em alto-mar”.

DIVULGAÇÃO
Casco do antigo porta-aviões partiu do Rio de Janeiro em agosto e vaga pelo Oceano Atlântico desde então. A imagem mostra o movimento que faz próximo ao Porto de Suape - DIVULGAÇÃO

Tags

Autor