Eleições 2022

GOOGLE é intimado pelo TSE sobre ação de BOLSONARO contra LULA; confira

A defesa de Bolsonaro alega que durante a campanha, Lula patrocinou links na plataforma para que reportagens sobre a trajetória política do petista ficassem em primeiro lugar nas buscas.

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Jones Johnson

Publicado em 12/02/2023 às 15:03
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou a big tech Google a dar informações sobre uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o atual Lula (PT). As informações são do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A defesa de Bolsonaro alega que durante a campanha, Lula patrocinou links na plataforma para que reportagens sobre a trajetória política do petista ficassem em primeiro lugar nas buscas.

 

RENATO PIZZUTTO/BAND
LULA E BOLSONARO durante debate eleitoral. - RENATO PIZZUTTO/BAND

A ação que tramita na Corte foi ajuizada quatro dias após o primeiro turno das eleições, no dia 6 de outubro do ano passado.

“Os requerentes, ao acessarem o Google, constataram que pesquisas com os termos ‘Lula condenação’, ‘Lula Sergio Moro’, ‘Lula corrupção PT’ […] trouxeram como primeiras respostas o anúncio da própria campanha dos Investigados: ‘Lula foi absolvido – A farsa da Prisão de Lula'”, disse a
defesa de Jair Bolsonaro.

Segundo a acusação, há prática de "manipulação da verdade" nas publicações feitas pelo PT. Já a equipe de Lula informou que, no total, foi gasto R$ 90 mil em anúncios do Google Ads, que alcançaram 2,5 milhões de pessoas.

Multa diária de R$ 10 mil

A decisão do corregedor do TSE, ministro Benedito Gonçalves, determina multa diária de R$ 10 mil para o GOogle caso a empresa não indique:

  • o alcance dos links patrocinados;
  • as taxas de conversão e rejeição;
  • palavras-chave utilizadas para relacionar o nome de Lula;
  • valor gasto pela campanha petista com anúncios.

Segundo a defesa de Lula, os conteúdos pagos são "colocados à disposição do eleitor, que o acessa por ato de vontade própria, sem que haja exclusão de qualquer conteúdo diverso".

A equipe do presidente eleito continua afirmando que "nos termos da jurisprudência deste Tribunal Superior Eleitoral, não causa influência indevida no eleitor, dotado de senso crítico que deve ser respeitado".

Até o momento de publicação desta matéria, o Google não havia informado se respondeu ao TSE. O Blog é aberto ao contraditório.

 

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