RACISMO

O QUE LULA FALOU SOBRE O CARREFOUR? Veja declaração de Lula sobre racismo no Carrefour

Presidente acusou rede de supermercado de praticar racismo

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 11/04/2023 às 9:14
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O presidente Lula criticou o Carrefour, na última segunda-feira (10), por conta de um suposto episódio de racismo ocorrido em uma unidade do supermercado Atacadão, rede que faz parte do Grupo Carrefour Brasil.

Na ocasião, uma cliente negra afirmou ter sido perseguida por um segurança de uma unidade do Atacadão em Curitiba. Em protesto, a mulher tirou a roupa e ficou em trajes íntimos no meio da loja, para provar que não havia roubado nada.

Durante a reunião que marcou os 100 dias de governo, realizada ontem no Palácio do Planalto, Lula repudiou a ação da rede de supermercados, afirmando que isso não será tolerado no Brasil.

"Ontem, o Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Mais um crime. Um fiscal do Carrefour acompanhou uma moça negra, que ia fazer compra, achando que ela ia roubar, ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que ela não ia roubar", disse Lula.

"É a segunda vez que o Carrefour faz esse tipo de coisa. Então, a gente tem que dizer para a direção do Carrefour, se quiserem fazer isso no seu país de origem, que façam, mas neste país a gente não vai admitir o racismo que essa gente tenta impor ao Brasil", completou.

CLIENTE RELATA RACISMO NO CARREFOUR

O episódio citado por Lula aconteceu com a atriz e professora Isabel Oliveira. Ela relatou ao UOL que tirou a roupa para denunciar o racismo que teria sofrido de um segurança do Atacadão do bairro de Parolin, em Curitiba.

Segundo ela, o ato de se despir foi realizado como forma de protesto após ela relatar ter sido perseguida pelo funcionário da unidade enquanto fazia compras como qualquer outro cliente.

O QUE DIZ O CARREFOUR

Ao UOL, o Atacadão negou que o segurança tenha praticado racismo, e disse que apurou o caso internamente por meio de escuta de funcionários e análises de câmeras de segurança.

O Grupo Carrefour disse à Folha de São Paulo que abriu apuração interna e que, durante a investigação, o funcionário ficará suspenso.

VEJA A NOTA DO GRUPO CARREFOUR

"O Grupo Carrefour Brasil está completamente comprometido com uma total transparência e segue postura de tolerância zero contra qualquer tipo de racismo, sendo a maior empregadora privada do Brasil, com mais de 150 mil colaboradores, e comprometida com uma extensa agenda antirracista".

OUTRO CASO DE RACISMO NO CARREFOUR

Em sua fala, Lula afirmou que o Carrefour cometeu o ato de racismo "mais uma vez". O presidente se referia ao caso de João Alberto Silveira de Freitas, homem negro que morreu após ser espancado por seguranças de uma unidade da rede em Porto Alegre, em novembro de 2020.

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