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Banco Mundial aprova mudanças no Bolsa Família, mas critica mínimo de R$ 600; entenda

Em evento nesta terça (26), governo Lula reúne instituições para apresentar estudos sobre o programa Bolsa Família. Nota do Banco Mundial aponta melhoras na estrutura, mas critica manutenção dos R$ 600 mínimos

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Cynara Maíra

Publicado em 26/09/2023 às 8:28 | Atualizado em 26/09/2023 às 8:32
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Nesta terça-feira (26), o governo Lula (PT) fará um encontro para apresentar novos estudos sobre o Programa Bolsa Família. O evento que contará com a participação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Banco Mundial já deteve um pouco de seu teor apresentado. 

Entre um dos pontos que será trazido pelo Banco Mundial, é a visão da instituição internacional sobre a estrutura do Bolsa Família. Os indicativos da nota técnica apontam que o grupo considera que o programa social apresentou melhoras em sua estrutura, mas critica a manutenção de um valor mínimo de R$ 600.

Nota antecipada do Banco Mundial apoia valores individuais e critica R$ 600 fixos do Bolsa Família

Em antecipação exclusiva para Folha de São Paulo, a nota técnica do Banco Mundial sobre o Bolsa Família apresenta uma aprovação parcial do novo desenho de Lula para o Bolsa Família, indicando que houve correções importantes, mas que o programa ainda precisa de aprimoramentos. 

Um dos pontos de crítica do Banco Mundial está no valor mínimo de R$ 600 no Bolsa Família. A instituição indica que a garantia de R$ 150 por membro da família com adicionais de R$ 150 para crianças ou adolescentes de até 18 anos seria mais justo para os beneficiados e diminuiria os custos do governo com o programa. 

Como uma retirada dos R$ 600 poderia gerar problemas políticos para o Governo Lula, o Banco indicou a possibilidade de realizar uma retirada gradual, com o objetivo de assegurar uma maior estabilidade para os grupos beneficiados. 

 

Os cálculos do estudo indicam que a modificação para esse sistema garantiria uma queda de 0,2% a mais no índice de pobreza que no modelo vigente do Bolsa Família, e reduziria em 11,2 bilhões de reais os gastos com o programa. 

O estudo será apresentado nesta terça a partir das 9h em evento com diversas entidades financeiras que participaram de estudos sobre o Bolsa Família.

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