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Piso da Saúde: Senado autoriza governo Lula a não pagar piso em 2023; entenda o que muda

Senado permite que Governo Federal não pague piso da saúde ainda em 2023, solicitação de mudança na regra partiu do Ministério da Fazenda após impasse financeiro, entenda situação

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Cynara Maíra

Publicado em 05/10/2023 às 6:37 | Atualizado em 20/10/2023 às 8:35
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Nesta quarta-feira (04), o Senado Federal aprovou um projeto de lei que permite ao governo Lula (PT) não cumprir as novas despesas com saúde e educação em 2023.

A situação ocorre após a aprovação do arcabouço fiscal, que retira o congelamento dos investimentos nesses setores e exige a apresentação de um aumento no investimento mínimo na saúde e educação. 

>> ENFERMAGEM: Governo Lula vai ao TCU para não cumprir piso da Saúde em 2023

Senado autoriza que governo não pague o piso da saúde ainda em 2023

Com a 63 votos a favor e apenas dois contra, o Senado aprovou que o Governo Lula não precise destinar pelo menos 15% da receita líquida da União para o setor da saúde, como previa o arcabouço fiscal com a retomada dos pisos da saúde e da educação.

Apenas os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ) foram contra a aprovação da proposta sobre o descumprimento da regra orçamentária. Apesar de serem oposição, seis parlamentares do PL votaram pela aprovação da proposta, todos os senadores do PT foram favoráveis à medida. 

A situação ocorre após o Ministério da Fazenda consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de não aplicar em 2023 o valor mínimo aprovado no arcabouço fiscal para investir nos setores de saúde e educação. 

A justificativa do Governo Lula para essa solicitação é de que, como o arcabouço fiscal foi aprovado em agosto, não existe espaço no orçamento para novos investimentos altos. A regra aprovada exigiria que fosse desembolsado mais de R$ 20 bilhões para saúde.  

No meio desse contexto, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) inseriu a retirada da obrigatoriedade dessa quantia para o piso da saúde em um projeto sobre compensação dos estados e municípios em decorrência da redução do ICMS dos combustíveis em 2022.

A criação de um dispositivo dentro de um material sem relação direta com o assunto é chamado de "jabuti".

>> Piso da Saúde: Fazenda quer adiar piso para evitar corte de R$ 20 bilhões em demais áreas

A proposta de Dirceu sugeria que as despesas com o piso da saúde sejam baseadas no orçamento de 2023. Essa modificação faria com que o gasto adicional fosse de R$ 5 bilhões, não 20 bilhões de reais.

A partir da aprovação da proposta no Senado Federal, o material será levado para sanção do presidente Lula.  

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