ALMIRANTE ALMIR GARNIER SANTOS

Suspeito de apoiar golpe, comandante da Marinha de Bolsonaro foi intimado pela Justiça no Ministério da Defesa para pagar pensão

O militar foi intimado em 2019 em meio a um processo movido por sua ex-mulher por uma dívida de R$ 14,7 mil na pensão alimentícia

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Marcelo Aprígio

Publicado em 07/10/2023 às 10:27 | Atualizado em 07/10/2023 às 11:10
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O comandante da Marinha do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o almirante Almir Garnier Santos, foi intimado em 2019 em meio a um processo movido por sua ex-mulher por uma dívida de R$ 14,7 mil na pensão alimentícia. Garnier é suspeito de apoiar um plano golpista para impedir a posse de Lula (PT).

Na ação, a ex-esposa do militar afirmar ter problemas de saúde. Segundo o processo, o casal rompeu em 2014.

Em 2016, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que o almirante pagasse uma pensão alimentícia equivalente a 24% de seus ganhos.

Depois, em segunda instância, o percentual caiu para 10% a partir de 2019. As informações são do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

ALMIRANTE INTIMADO

A ex-companheira do militar acionou a Justiça do DF no começo de 2019, afirmando que Garnier lhe devia R$ 14,7 mil, ou R$ 22,9 mil atualmente, corrigidos pela inflação.

Garnier foi intimado no Ministério da Defesa por um oficial de Justiça em abril de 2019. À época, ele era o número dois da pasta.

Ele foi informado de que deveria quitar a dívida em até 15 dias, sob pagamento de multa. Depois disso, não se manifestou no processo, que foi arquivado. Desta maneira, não é possível saber se a dívida foi paga.

APOIO À TENTATIVA DE GOLPE

O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou, ainda em 2022, a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para uma reunião sobre uma possível intervenção militar.

Na ocasião, o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir ao plano de golpe impediria a posse de Lula (PT). O Exército, contudo, foi contrário à ideia.

O episódio foi narrado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em deleção premiada à Polícia Federal (PF).

O conteúdo da delação foi revelado pela jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, e caiu como uma bomba sobre o alto comando das Forças Armadas.

 

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