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Túlio Gadêlha chama de "desonesto" lobby de empresas por veto a incentivo a montadoras do Nordeste

Sem a prorrogação dos incentivos fiscais, empresas do setor automotivo de Pernambuco devem ser afetadas

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 12/12/2023 às 12:05
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O deputado federal pernambucano Túlio Gadêlha (Rede) classificou como "desonesto" o lobby realizado por empresas do Sul e Sudeste junto ao Congresso para incentivar a exclusão do texto da reforma tributária que prorroga o prazo de incentivos fiscais a montadoras do Norte, Nordeste e Centro-oeste até 2032.

O relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-BB), disse que a previsão é que ela seja votada ainda nesta semana no plenário. Parlamentares em defesa e contra a prorrogação movimentam-se nos bastidores.

"A não prorrogação dos incentivos vai atrapalhar projetos em andamento, retirar empregos e empreendimentos que buscam corrigir a dissonância econômica entre as regiões do Brasil. É desonesto esse lobby que está sendo realizado pelos corredores e gabinetes do Congresso”, frisou Túlio Gadêlha.

A prorrogação está prevista nos parágrafos 3, 4 e 5 do artigo 19 da reforma tributária. Segundo Gadêlha, há uma motivação constante de ao menos três empresas que alegam falta de isonomia no texto e pressionam o parlamento pela exclusão dos artigos.

Sem a prorrogação dos incentivos fiscais, empresas do setor automotivo de Pernambuco devem ser afetadas. O parecer pode atrapalhar não só planos de investimentos bilionários de montadoras instaladas no estado, mas também empresas fornecedoras.

Os incentivos funcionam como mecanismo de fomento à economia regional, com geração de milhares de empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva.

A previsão da Stellantis para 2024, por exemplo, é começar a produzir novos modelos híbridos/elétricos. Sem os incentivos, a reforma tributária deixaria de fora mais de 90% da produção da montadora.

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