Líder da oposição a João Campos, Alcides Cardoso pode migrar para o PL de Bolsonaro

O vereador Alcides Cardoso, do PSDB da governadora Raquel Lyra, deixou escapar que pode disputar a reeleição pelo PL, do ex-presidente Bolsonaro.

O vereador, que se destaca por fazer “marcação cerrada” contra a gestão do prefeito João Campos (PSB), acabou admitindo a possibilidade depois de ser instado a responder se ficaria no palanque do secretário de Turismo de Raquel, Daniel Coelho, ou no do ex-ministro do Turismo de Bolsonaro Gilson Machado Neto.

Daniel é filiado ao Cidadania, que é federado ao PSDB. Já Gilson integra os quadros do PL, que também faz parte da base do governo Raquel na Alepe e compõe a gestão.

Na redes sociais, não passou desapercebido que Cardoso não aliviou nos ataques ao ex-presidente Lula (PT) durante a sua última visita a Pernambuco, acompanhada pela governadora.

“Lula voltou à cena do crime na Refinaria Abreu e Lima, símbolo do maior esquema de corrupção que já vimos. Anunciou investimentos na refinaria que foi orçada em US$ 2 bi, mas consumiu mais de US$ 20 bi e não ficou totalmente pronta. Sabemos como esse filme acaba p/os brasileiros”, disparou na ocasião.

Pois bem.

O parlamentar, líder da oposição na Câmara do Recife, sempre que pode ressalta que é de “direita” no espectro ideológico, mas que entende a relação de Raquel com Lula como “institucional” e necessária para atração de investimentos para Pernambuco para logo depois pontuar que mantém a sua rejeição ao governo petista e à esquerda em geral.

“Se eu decidir ir para o PL ou decidir ficar no PSDB, continuarei na base da governadora. Quem tem prazo não tem pressa”, disse Alcides, utilizando a frase famosa do ex-vice-presidente Marco Maciel.

Cardoso ressalta que o PL compõe o governo Raquel ao abordar a possibilidade de mudança partidária.

Gilson Machado foi citado por Alcides como alguém com “muitos votos” e como peça importante junto com Daniel Coelho, a quem chamou de “amigo”, e outros nomes para levar a eleição para um segundo turno.

“Paulo Câmara não procurava o presidente Bolsonaro, ao contrário da governadora Raquel Lyra. Ela está trazendo para o estado verbas, muito investimento. Ela está fazendo o papel de governadora. Independente se fosse Bolsonaro ou Lula (na Presidência), com certeza ela estaria junto. Ela está institucionalmente como governadora ao lado do presidente, mas eu sou realmente da direita. Não sou Lula e não serei nunca do lado da esquerda”, afirmou o líder da oposição, que pode estar de malas prontas para o PL.