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Rosa Amorim e Léo Bulhões comentam retirada das pré-candidaturas em Caruaru: "política tem dessas coisas"

Partido dos Trabalhadores retirou pré-candidaturas de Rosa e Léo em Caruaru para apoiar Zé Queiroz

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 14/03/2024 às 11:18 | Atualizado em 14/03/2024 às 16:08
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Conforme o blog de Jamildo antecipou ainda no início de março, o Partido dos Trabalhadores retirou as pré-candidaturas da deputada estadual Rosa Amorim e do presidente do diretório municipal, Léo Bulhões, à prefeitura de Caruaru, declarando apoio à chapa capitaneada por Zé Queiroz (PDT) nas eleições de outubro.

O anúncio foi feito na última quarta-feira (13), após reunião do presidente Lula com o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), cujo presidente é Humberto Costa. O senador, a propósito, foi o encarregado a dar a notícia a Rosa e Léo.

"Introduzi o tema da demanda do PDT em relação a Caruaru. O PDT, na primeira reunião que teve conosco para discutir as prioridades dos partidos, tinha colocado Caruaru como uma das prioridades mais importantes para eles. Levei essa questão e o presidente Lula também manifestou a posição dele. A orientação que saiu é de que a gente feche com José Queiroz”, afirmou Humberto.

Em conversa com o blog de Jamildo, Rosa Amorim e Léo Bulhões comentaram a decisão da executiva nacional.

"Política tem dessas coisas"

A deputada estadual Rosa Amorim havia colocado o nome à disposição do PT para disputar a prefeitura de Caruaru ainda em novembro de 2023. Ela disse que foi avisada sobre a retirada do pleito pelo senador Humberto Costa logo após a reunião do GTE, por telefone.

Rosa refletiu que esse cenário já era uma possibilidade calculada pela conjuntura do PT e, portanto, respeita a decisão por entender a necessidade de uma unidade política para a cidade neste momento.

"Era um momento importante para o PT apresentar um projeto, mas vamos abrir mão da pré-candidatura pensando de forma mais ampla", disse.

Ela também lembrou que Zé Queiroz tem uma relação próxima com o PT e uma relação histórica com o MST, movimento da qual ela faz parte, e afirmou ter feito dobradinhas com Wolney Queiroz, filho de Zé, nas últimas eleições estaduais.

"Anunciei em vários momentos que, se fosse para retirar [a pré-candidatura], o projeto político que mais se aproxima era o de Zé Queiroz. Acredito que vai ser um processo tranquilo de composição".

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Sobre o futuro, ela afirmou que focará nos trabalhos da Alepe, sem esquecer Caruaru. "Nada muda nesse desejo de construir dias melhores para o povo de Caruaru. Sigo meu trabalho como única caruaruense na Alepe em defesa do nosso povo. Inclusive, na segunda-feira estaremos numa audiência pública sobre o anúncio do fechamento da maternidade Jesus Nazareno. Temos um trabalho a prosseguir no Agreste", acrescentou a parlamentar.

"Estou em paz. Já era um cenário colocado, política tem dessas coisas. Espero que o povo caruaruense saiba tomar importantes decisões nessa eleição", finalizou Rosa Amorim.

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"Não há demérito"

O presidente do PT Caruaru, Léo Bulhões, também foi informado da retirada da sua pré-candidatura pelo senador Humberto Costa, após a reunião do GTE. Na mesma linha de Rosa Amorim, ele afirmou ter consciência que essa mudança era possível.

"É algo que a gente já tinha essa perspectiva, que em Caruaru a gente tinha tomado uma decisão, mas que acataríamos a decisão nacional. Que tínhamos as nossas candidaturas, minha e de Rosa, e que também poderíamos apoiar um aliado da base do governo Lula", declarou.

"Não há nenhum demérito, nenhum constrangimento, inclusive fui secretário de Ze Queiroz, tenho uma relação histórica com ele aqui em Caruaru", prosseguiu.

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O dirigente também falou na necessidade de "unir forças políticas" para compor as alianças do governo Lula, respeitando a decisão por se tratar de uma estratégia a nível nacional.

"Vamos construir a partir de agora, com Zé Queiroz, um programa de governo, discutir de que forma o PT pode dar sua contribuição ao plano de governo, dar uma feição de alguma forma, daquilo que a gente entende, a expertise do PT de participação social, contribuição na assistência social, na saúde, na educação, ao programa de governo", disse.

"E obviamente colocar toda a nossa militância à disposição. Porque é muito importante que toda a militância do PT e do MST, que faz parte dentro desse conjunto político, esteja à disposição para construir essa vitória, que vai ser uma vitória importante para o nosso campo", concluiu Léo Bulhões.

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