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EXCLUSIVO: Para mitigar crise no transporte por ônibus, Raquel coloca mais R$ 146 milhões no Grande Recife

Crise no sistema de transporte após zero de aumento na tarifa é alvo de críticas da oposição

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Jamildo Melo

Publicado em 21/03/2024 às 16:12 | Atualizado em 21/03/2024 às 16:13
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Nos bastidores, a governadora Raquel Lyra (PSDB) já está atenta a necessidade de injetar mais dinheiro no sistema metropolitano de transporte de ônibus. Esta semana uma empresa entregou várias linhas, alegando falta de viabilidade econômica de manter os ônibus rodando. A oposição na Assembleia Legislativa está atenta e batendo.

Sem alarde, a governadora já começa a movimentar o orçamento do Estado para resolver a situação. Ou ao menos minimizar os efeitos da crise. Coincidência ou não, empresas fizeram um protesto hoje no Recife.

O blog de Jamildo foi avisado que, em meio a um decreto sobre outros assuntos, assinado em 20 de março, a governadora injetou mais R$ 146 milhões no Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife.

Os recursos chegam no orçamento de 2024 via crédito suplementar.

Fontes informam que os recursos podem ser destinados a aumentar os subsídios do sistema.

Após a empresa Vera Cruz anunciar que quer deixar de operar nove linhas na região, permissionária que atende 42 mil passageiros diariamente, o deputado Sileno Guedes (PSB) fez cobranças ao Governo do Estado durante sessão plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

"A ofensiva de comunicação da governadora Raquel Lyra (PSDB) ao propagandear a operação de 185 novos ônibus no Grande Recife não se sustenta junto à população de bairros da Zona Sul do Recife, de Jaboatão dos Guararapes e de Ipojuca, que vivem o medo da falta de transporte", disse o deputado estadual.

Para o parlamentar, um dos pontos mais graves desse episódio é a falta de um posicionamento do Grande Recife Consórcio de Transporte e do próprio governo, que, até o momento, não anunciaram providências para amenizar os transtornos nessas localidades após o anúncio da Vera Cruz.

“Essa mesma empresa tem mais de 50 veículos interditados pelo próprio Consórcio por falta de manutenção. A população está prestes a ficar sem poder fazer uso desse serviço”, lamentou o deputado.

Sileno ainda questionou a demora do Governo do Estado no envio de um projeto de lei que institua o subsídio para cobrir o custo de R$ 60 milhões referente à implantação do bilhete único, em vigor desde 3 de março.

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