Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Bagaço da cana será usado na produção de etanol

Publicado em 14/06/2013 às 22:45
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Bagaço não é necessariamente sinônimo de algo que se deve jogar fora. As montanhas de resíduos que se acumulam nas usinas da cana de açúcar, por exemplo, podem ajudar a impulsionar ainda mais a geração de energia. A novidade, chamada etanol de terceira geração, deve ampliar de 30 a 40% a produção de etanol, sem aumentar a área plantada. O projeto, ainda em fase de pesquisa, é de suma importância para reduzir o desperdício e aumentar a produção de um combustível renovável, alternativo e menos poluente do que os derivados do petróleo. Uma das iniciativas será detalhada segunda-feira, dia 17 de junho, pela empresa BioLogicus no Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçúcar). Um parceria com outra empresa pernambucana de biotecnologia, a Claeff, a apresentação na sede da entidade também servirá para expor a contribuição que a biotecnologia pode oferecer no combate a pragas que atacam folhas e raízes da cana. Como funciona Extraído da fermentação da cana moída, o etanol de primeira geração aproveita apenas um terço da energia contida na planta. A partir da biomassa restante (palha e bagaço), é feito o de segunda geração, em um processo químico que separa os açúcares (novamente fermentados para fazer combustível), da celulose e da lignina, elemento que dá rigidez à cana. Na palestra da próxima segunda-feira, o pesquisador e sócio da BioLogicus, Luciano Avallone Bueno, vai explicar aos empresários do setor sucroalcooleiro que é possível, ainda, utilizar o resíduo que sobra, rico em lignina e celulose, para fabricar mais combustível, o etanol de terceira geração. A exposição vai mostrar que um consórcio de microorganismos e microalgas podem transformar tais compostos em mais açúcar e, consequentemente, mais biocombustível. A BioLogicus praticamente já concluiu a primeira fase da pesquisa, que consiste em utilizar o açúcar residual para o crescimento de microalgas. Alguns microrganismos que transformam as fibras de celulose em moléculas de glicose –facilmente convertidas em álcool – também já foram testados.

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