Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Empresas de distribuição sob comando da Eletrobras nunca atraíram setor privado

Publicado em 19/08/2016 às 13:00 | Atualizado em 19/08/2016 às 15:05
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Eletrobras O governo Michel Temer aposta na ideia de vender as distribuidoras como pontapé inicial do seu programa de privatização. Ótimo. O problema é que se começar pelas distribuidoras que a Eletrobrás carrega vai se dar mal. Esta decisão tornou-se mais importante ainda, depois que um grupo de acionistas minoritários da Eletrobras  aprovou em assembleia a devolução de todas as concessões de distribuidoras detidas pela estatal, aliás, todas deficitárias. A privatização da Celg, ao preço mínimo de R$ 2,9 bilhões, será o primeiro teste, mas será? A área de Distribuição da Eletrobrás é o que se pode dizer de um ajuntamento de micos. Porque todas as empresas que ela controla não quiseram ser adquiridas pelo setor privado. O "pacote" inclui o negócio de vender energia para os estados do Acre, Rondônia, Roraima Alagoas, Amazonas, Piauí e Goiás. Os três primeiros - é importante lembrar - eram territórios e a distribuição sempre foi federal. Mas os outros quatro com exceção da Celg de Goiás nunca se viabilizaram como negócio para o setor. E olhe que o Governo Federal vem tentando. Então esse discurso de que a Eletrobrás quer vender suas distribuidoras é antigo. Vem desde o governo de Fernando Henrique só que ninguém nunca se interessou. Então esse desejo de Michel Temer ou do ministro Fernando Bezerra Filho em vender as distribuidoras não tem muito futuro. Por uma pergunta simples. Se fossem viáveis alguém acha que um investidor já não tinha comprado todas elas? Qualquer empresa de consultoria vai ver que nenhuma delas funciona sem ajuda do governo som subsídios. O mercado não aguenta. Não se pagam e cada um apor sua peculiaridade. São ex-territórios ainda em formatação, problemas de acessos de linhas com Amazonas e no caso Piauí e Alagoas por deficiências das empresas mesmo. O governo Temer deveria começar a onda de privatização do setor elétrico por outros negócios. Apostar nas distribuidoras é apostar com pouca possibilidade de sucesso. Talvez tenha gente interessado na Celg. Talvez consiga alguém no Amazonas, más nas demais dificilmente alguém vai topar assumir essa empresa isoladamente. O tamanho do negócio isoladamente não se sustenta.

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