Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Informação e análise econômica, negócios e mercados

Luiz Geraldo gostava mesmo era de contar boas histórias de bastidor da TV

Publicado em 30/09/2019 às 16:22 | Atualizado em 30/09/2019 às 17:34
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Luiz Geraldo no Noite de Black Tie ao lado de Grande Otelo - Foto Aliança Comunicação Luiz Geraldo Vieira, que nos deixou nesta segunda-feira era, certamente, um dos grandes contadores de “causos” que viveu como publicitário e como apresentador de TV na célebre série do Noite de Black Tie levado ao ar pela “TV Jornal do Commercio -Canal 2” como o programa era apresentado no “palco auditório”, na Rua do Lima, 250. Geraldo já era publicitário quando virou apresentador de TV – o outro foi Fernando Castelão, que comandava o Você faz o Show na noite de domingo – quando foi chamado para a fazer a revista de sábado quando rigorosamente todos os artistas de fora do Estado que faziam shows no Recife passavam antes no programa de Luiz Geraldo. Por ordem de Dr. F. Pessoa de Queiroz os apresentadores deveriam estar impecavelmente trajados de smoking. E Geraldo tinha muitas histórias. Entre elas uma com a atriz Florinda Rossi que fazia com sua beleza o anúncio (a palavra merchandising ainda não estava no ar) da geladeira Kelvination fabricada na Avenida Mascarenhas de Morais onde hoje é o campus da Universo. Abre o microfone e Luiz Geraldo chama Rossi no Estúdio 2. Ela começa falando do produto, da porta totalmente aproveitável e que abre com um simples toque. O problema é que a porta não abriu e ela simplesmente depois de forçar três vezes desiste com um sorriso amarelo. “Pois é não abriu!” Foi salva por Luiz Geraldo chamando do estúdio A um outro patrocinador. O Noite de Black Tie foi palco de outra história de comercial ao vivo. Desta vez com jovem atriz Arlete Sales que dividia com Rossi o sorriso dos comerciais ao vivo. Arlete leu o texto da refrescante Coca-Cola e deixou escapar um desabafo:  “Gelada ainda vai, mas quente é muito difícil”. A mesa de controle não cortara o som e o comentário virou o assunto da semana. Geraldo contava outras histórias. Uma delas a do pente Jangada fabricado com plástico pelas Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte protagonizada por Fernando Castelão no Você Faz o Show. Na pressa de ler o texto,  Castelão pôs no bolso do smoking um pente de osso que ele mesmo usava e sem perceber leu o texto que dizia “Jangada, leve, resistente e inquebrável” torcendo o pende de osso que naturalmente partiu-se me dois no ar. Sem demonstrar qualquer surpresa Castelão saiu-se com essa. “Mas este não é o pente Jangada1” e tirou o mesmo bolso outro pente que torceu sem que ele quebrasse. O bom das histórias da TV dos anos 60 é que Luiz Geraldo sempre tinha uma nova. Ele sempre sabia mais de bastidor do que das entrevistas que fazia nas noite de sábado com audiência total da “TV Canal 2”. E é por isso que ele faz uma falta...   Luiz Geraldo Vieira Foto Fernando Machado

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