Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Na reunião que derrubou Sergio Moro, Paulo Guedes implodiu plano Pró-Brasil

Nós já botamos a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário. Era a terceira torre que nós pedimos para derrubar, disse o ministro.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 25/05/2020 às 14:00 | Atualizado em 25/05/2020 às 14:47
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos para salvar grandes companhias. - FOTO: Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Por Fernando Castilho da Coluna JC Negócios

Convocada para debater o Plano Pró-Brasil, a reunião do dia 22 que acabou virando prova do processo que tratada interferência do comando da Polícia Federal e acabou levando à saída do ministro da Justiça, Sérgio Moro, teve como estrela o ministro da Economia. E Paulo Guedes desmontou o projeto liderado pelos ministros Braga Neto e Rogério Martinho.

Guedes advertiu com a aprovação do presidente que o plano seguia uma linha diferente do que o presidente Jair Bolsonaro definiu com ele quando o convidou que ancora todo o crescimento do Brasil no setor privado.

O ministro, que saiu prestigiado da reunião, disse não havia nenhum ruído com ele e o presidente e acabou sendo escalado por Jair Bolsonaro para ser o último a falar. E quando começou sua fala Guedes foi logo advertindo Braga Neto e Marinho que “não chamem de Plano Marshall porque revela um despreparo enorme” e disse que tinha estudado vários planos de reconstrução disse que o Governo Bolsonaro falar de denominar o projeto de “Plano Marshall, é um desastre. Vai revelar falta de compreensão das coisas.”

Para Paulo Guedes a iniciativa de pôr o governo á frente de uma retomada da economia é um equívoco advertindo que “a retomada do crescimento virá pelos investimentos privados, pelo turismo pela abertura da economia, pelas reformas. Nós já estávamos crescendo” disse ao esclarecer que esse processo foi interrompido pela pandemia.

Na reunião, o ministro disse que “nós sinalizamos o contrário. Nós desalavancamos banco público, reduzimos endividamento, baixamos juros e o Brasil ia começar a voar”.

A seguir, o ministro da Economia praticamente desmanchou os princípios projeto quando disse que “se a gente lançar agora um plano todo o discurso é conhecido: "acabar com as desigualdades regionais". Marinho, claro, está lá suas digitais nele. É bonito isso, mas isso é o que o Lula, o que a Dilma tão fazendo há trinta anos. Se a gente quiser acabar igual a Dilma, a gente segue esse caminho”.

Guedes prosseguiu: Então, eu acho um discurso bom, mas nós temos que tomar cuidado e reequilibrar as coisas. Não pode ministro querer ter um papel preponderante esse ano destruir a candidatura do presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais concluindo que. O caminho desenvolvimentista foi seguido, o Brasil quebrou por isso, o Brasil.”

Segundo o ministro da Economia, “a economia foi corrompida, a política foi corrompida, a economia estagnou através do excesso de gastos públicos. Então achar agora que você pode se levantar pelo suspensório, como é que um governo quebrado vai investir, vai fazer grandes investimentos públicos?” e advertiu: Nós temos noção que nós somos diferentes deles!

Apesar das explicações dos demais ministros, Paulo Guedes prosseguiu dizendo que “nós vamos continuar aprofundando as reformas, nós vamos seguir. Eu conheço todas as histórias de reconstrução por ter, por profissão, obrigado a estudar isso.” Para, a seguir, dizer que não considera muito os R$ 300 bilhões já gastos porque o Governo chegou a 70 milhões de brasileiros.

Paulo Guedes lembrou que o Governo montou um comitê de bancos, que o BNDES está fazendo reestruturação da ajuda advertindo que “Não vai ter “molezinha” para empresa aérea, nada disso. É dinheiro que nós vamos botar usando a melhor tecnologia financeira lá de fora. Nós vamos ganhar dinheiro. Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos para salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”.

Ao rebater Braga Neto e Marinho, Guedes disse que “Nós não vamos perder a bússola. Nós sabemos dos valores, sabemos dos princípios, sabemos que que nós estamos defendendo.” Guedes disse achar que “estamos preservando os sinais vitais da economia brasileira.

O ministro que fez vários comentários sobre as propostas de vários ministros dizendo que não via problemas na abertura de cassinos defendida pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
“Deixa cada um se foder do jeito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário. Deixa o cara se foder, pô! Não tem ... lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho”.

Finalmente, Paulo Guedes disse que sua estratégia de retomada da economia está ancorada na derrubada do que chamou de as “torres do inimigo que a gente tinha que derrubar”.

A primeira foi o excesso de gasto na previdência; a segunda torre seria redução dos juros altos básicos e a terceira a suspensão de aumento de servidores.

“Nós já botamos a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário. Era a terceira torre que nós pedimos para derrubar. Nós vamos derrubar agora, também. Isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final. Não tem jeito de fazer um impeachment se a gente tiver com as contas arrumadas, tudo em dia. Acabou! Não tem jeito”. concluiu.

 

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