Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Empresa do Nordeste sofreu mais com parada pela covid-19

As empresas do Nordeste foram as que menos conseguiram (48%) uma linha de crédito emergencial para ao pagamento emergencial a folha de salários.

Fernando Castilho
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Fernando Castilho
Publicado em 20/07/2020 às 10:40 | Atualizado em 20/07/2020 às 11:03
Rhudá Jardim/Divulgação
as pequenas empresas forma as que tiveram maior dificuldade de credito durante a pandemia e as que mais dmeitiram. - FOTO: Rhudá Jardim/Divulgação

Por Fernando Castilho da Coluna JC Negócios.

As empresas do Nordeste sofreram mais do que as empresas das demais regiões com a paralisação das atividades por força da covid-19. Uma em cada cinco fecharam as portas contra uma média de 13,75 nas regiões.

Também pelo tamanho das suas empresas foi a que mais demitiu. Nas empresas com até 49 funcionários, o Nordeste demitiu 37% contra a média de 25,5% das demais regiões.

Os dados constam da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas e fazem parte das Estatísticas Experimentais do IBGE. Das 1,3 milhão de empresas que estavam fechadas (temporária ou definitivamente) na primeira quinzena de junho, 522,7 mil (39,4%) encerraram suas atividades por causa da pandemia.

Segundo a pesquisa, o Nordeste tinha 617.736 e, ao menos, 206.551 fecharam suas portas, das quais 39,4% declararam que o principal motivo foi a covid-19.

O Brasil tem 4.006 milhões de empresas com até 49 funcionários e dentro dessa categoria, ao menos, 715.130 fecharam as portas definitivamente, das quais 518.480 responsabilizaram a covid-19.

As empresas do Nordeste foram as que mais adiaram (59%) o pagamento de impostos. E as que menos conseguiram (48%) uma linha de crédito emergencial para ao pagamento emergencial a folha de salários.

O Nordeste foi também a região que mais teve dificuldade (73%) em obter insumos, matérias primas ou mercadorias contra uma média 60% das outras regiões.

A pesquisa do IGBE revela que a pequena empresa (com até 49%) forma as que mais demitiram funcionários especialmente pela fragilidade financeira. Segundo a pesquisa 17,6% das empresas encerrou definitivamente suas atividades.

Segundo a pesquisa, o setor de Serviços (46,7% ou 334,3 mil) teve a maior proporção de empresas encerradas em definitivo. O Comércio veio a seguir (36,5% ou 261,6 mil), Construção (9,6% ou 68,7 mil) e Indústria (7,2% ou 51,7 mil).

A pesquisa mostrou que 90% das empresas em funcionamento consultadas realizaram campanhas de informação e prevenção e adotaram medidas extras de higiene nas suas atividades, sendo que 38,4% adotaram trabalho domiciliar para os funcionários e 35,6% anteciparam férias.

Mas as pequenas empresas sofreram mais quando se procurar observar como reagiram para manter os seus negócios na pandemia. Apenas 12,7% conseguiu alguma linha de crédito enquanto 44,5% adiou o pagamento de impostos.

Na questão da obtenção de linha de crédito uma revelação perturbadora. As empresas com até 49 funcionários foram as que menos obtiveram crédito.

As com até 500 empregados foram as mais conseguiram evidenciado pela possibilidade de oferta de garantias. As acima de 500 foram as que menos tiveram acesso em grande parte por terem recursos em caixa.

Entretanto um dado é positivo. Quase um terço (32,9%) alterou o método de entrega de produtos e 20% lançou ou passou a comercializar novos produtos e serviços.

E, nesse universo, as empresas com até 49 funcionários tiveram performance muitos próximas das com mais de 500 empregados perdendo apenas para as medias empresas. 

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