Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Brasileiros repactuaram mais dívidas que micro e pequenas empresas durante a Covid-19

Os brasileiros fizeram um total de 12 milhões de repactuações com os bancos onde mantém dívidas num valor total de R$ 439,0 bilhões

Fernando Castilho
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Publicado em 18/08/2020 às 16:00 | Atualizado em 18/08/2020 às 16:46
JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Os brasileiros fizeram um volume de renegociações de adiamento de pagamentos maior em volume que as empresas durante a crise da covid-19. - FOTO: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Por Fernando Castilho da Coluna JC Negócios 


O brasileiros, clientes como pessoa física dos bancos, fizeram mais repactuação de suas dívidas com as instituições, em valores, que as empresas. Eles renegociaram quase cinco vezes mais que as micro e pequenas empresas, segundo relatório do Banco Central apresentado, nesta terça-feira, pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto aos conselheiros do Tribunal de Contas da União.

Segundo do relatório, entre 16 de março e 7 de agosto, os brasileiros fizeram um total de 12 milhões de operações de repactuação de dividas com os bancos onde mantém dívidas num valor total de R$ 439,0 bilhões contra R$ 360 bilhões das negociações com empresas.

Desse total, 6,10 milhões foram com bancos privados e 4,09 milhões com bancos públicos. Mas os bancos públicos repactuaram valores bem menores. Enquanto os bancos públicos fizeram R$ 274,5 bilhões em operações de refinanciamento, os clientes de bancos privados fizeram um total de R$ 118,6 bilhões. Ou seja, as operações de adiamento de pagamentos de prestações nos bancos público em médias eram metade das operações dos bancos privados.

As operações de repactuação de pagamentos com as micro e pequenas empresas somaram R$ 81,9 bilhões refletindo as dificuldades desse segmento em tomar crédito. Já as médias empresas conseguiram adiar pagamentos de R$ 185,2 bilhões. E a grande empresas renegociaram apenas R$ 80,9 bilhões.

As operações de crédito com pessoa física (novos empréstimos) também foram expressivas se comparadas as empresas. As pessoas físicas, por exemplo, tomaram R$ 313,0 bilhões dos R$ 972 bilhões que os bancos públicos e privados emprestaram durante a crise da covid-19.

Isso se deve ao fato que, no Brasil, as pessoas físicas tradicionalmente tomam mais dinheiro nos bancos que as empresas e pagam juros maiores. Especialmente nas operações de cheque especial e cartões de crédito

Esse padrão é bem diferente da operações de crédito novas onde as grandes empresas formam as grandes tomadoras de empréstimos pelas garantias que podem oferecer.

Enquanto as micro e pequenas empresas tomaram apenas R$ 113,3 bilhões, as grandes empresas tomaram R$ 418,9 bilhões a maior parte nos bancos privados que emprestaram a elas R$ 250,9 bilhões.
Micro, Pequenas e medias empresas se socorreram menos nos bancos públicos que emprestaram a elas R$ 164,2 bilhões contra R$ 199,4 bilhões emprestadas pelos bancos privados.

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