Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

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Por Fernando Castilho
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Grupo Ser, liderado Janguiê Diniz, vai à Justiça para ficar com Laureate Brasil

O SER entrou com pedido de tutela cautelar, em caráter antecedente a procedimento arbitral e obteve decisão liminar favorável, mantendo o acordo de transação.

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Publicado em 22/10/2020 às 12:30 | Atualizado em 22/10/2020 às 13:01
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EDUCAÇÃO Acionista, Jaguiê Diniz é um dos nomes por trás do Grupo Ser - FOTO: DAYVISON NUNES/JC IMAGEM

Por Fernando Castilho, da Coluna JC Negócios

O Grupo Ser Educacional, liderado pelo empresário Janguiê Diniz, informou ao mercado que vai judicializar a disputa pela aquisição da operação Brasil do Laureate, para qual ofereceu R$ 3,8 bilhões para ficar com todas as unidades, especialmente na região Sudeste.

Segundo um comunicado enviado ao mercado, no âmbito da possível aquisição dos negócios da Laureate Education, Inc. (“Laureate”) no Brasil houve divergência entre as partes em relação ao válido exercício do direito de go-shop e, em razão dessa divergência, o assunto será discutido judicialmente.

Nesse sentido, a SER entrou com pedido de tutela cautelar, em caráter antecedente a procedimento arbitral e obteve decisão liminar favorável, mantendo o acordo de transação, válido e eficaz.

O embate ter a ver com a anunciada vitória da Ânima Educação na aquisição dos ativos do Grupo Laureate no Brasil, iniciado em 13 de setembro, quando a Ser Educacional S.A. publicou a oferta através de fato relevante publicado. A Ânima Educação estava analisando, de forma constante, as oportunidades do mercado e ofereceu uma proposta que a Laureate julgou a melhor, comprometendo-se a pagar a multa de R$ 180 milhões ao Ser Educacional.

Acontece que o grupo pernambucano avalia que a Ânima não apresentou as garantias necessárias para a compra e nem a Laureate esperou para que o Ser Educacional fizesse uma nova proposta para ficar com os ativos. O grupo Ser Educacional julga ter um bom direito capaz de impedir a conclusão da operação e assim ficar com os ativos da Laureate.

Tanto para a Ânima, que tem 145 mil estudantes, aproximadamente, distribuídos por sete estados do País, como para o Ser Educacional, que tem 180 a compra dos ativos da Grupo Laureate no Brasil, são estratégicos, pois, os elevaria a condição de terceiro maior grupo do segmento no País.

Em setembro, o Ser comunicou a compra da operação no Brasil da Laureate, que tem um total de 267 mil alunos matriculados, pagando US$ 724 milhões, o equivalente a R$ 3.862 bilhões.

O contrato tem uma cláusula interessante: a Laureate não poderá votar com ações da Ser representativas de mais de 7,5% do capital social total da Ser.

Dessa forma, Janguiê Diniz deterá aproximadamente 32,1% das ações do capital social da Ser, continuando a exercer o seu direito de voto como acionista controlador.

Ou seja, ele vai continuar liderando a empresa no Brasil. Da mesma forma, a empresa americana agora tem no seu portfólio as ações da companhia brasileira.

Com o aceite da proposta da Ânima Educação, Janguiê Diniz enfrentará nova disputa depois que em 2018 não conseguiu juntar suas operações com a da Estácio e formar uma nova companhia.

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