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Petrobras vende refinaria da Bahia, mas Abreu e Lima não teve nenhuma oferta

A unidade em Pernambuco tem capacidade instalada de 130 mil barris por dia (1º trem), o que corresponde a 5% da capacidade total de refino de petróleo do país

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Fernando Castilho

Publicado em 08/02/2021 às 16:55 | Atualizado em 08/02/2021 às 18:34
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A Petrobras concluiu, nesta segunda-feira (8), a rodada final da fase vinculante do processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, na Bahia.

O Mubadala Capital apresentou a melhor oferta final, no valor de US$ 1,65 bilhão e deve ficar com a refinaria. A assinatura do contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos competentes.

Entretanto, para a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco há os processos competitivos para venda, mas não há interessados.

A Refinaria Abreu e Lima completou seis anos em novembro e é a mais moderna do País. A unidade tem capacidade instalada de 130 mil barris por dia (1º trem), o que corresponde a 5% da capacidade total de refino de petróleo do país.

Atualmente, produz diesel com baixo teor de enxofre (69% da produção), nafta, óleo combustível, coque e gás liquefeito de petróleo (GLP), e agora adiciona também à sua cesta de produtos a gasolina A.

Também não há interessados para a venda da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul; Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas e Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais.

Mas a Petrobras recebeu propostas para venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e decidiu pelo encerramento do processo, uma vez que as condições das propostas apresentadas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira da Petrobras.

A companhia informou que vai iniciar novo processo competitivo para essa refinaria.

A companhia também recebeu propostas vinculantes e está em fase de negociação para venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas; da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará.; e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

No mês de dezembro, após receber autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação do duto de nafta petroquímica também com gasolina. Assim, a gasolina A passou a fazer parte da cesta de produtos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST)

O combustível é formulado com produtos da própria RNEST e de outras refinarias. A chamada gasolina A não tem adição de etanol, produto que é adicionado na gasolina pelas distribuidoras que, a seguir, comercializam a gasolina C.

O combustível produzido na refinaria atenderá as distribuidoras localizadas em Pernambuco e também segue para atender aos mercados do Pará e Ceará.

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