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Pandemia faz brasileiro manter desejo por planos de saúde, segundo pesquisa

Receio com a pandemia faz mais brasileiros contarem com planos de saúde e 58% afirmam que estariam mais seguros tendo um plano de saúde neste momento de pandemia de Covid-19.

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Fernando Castilho

Publicado em 08/07/2021 às 18:55 | Atualizado em 08/07/2021 às 19:02
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Uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi identificou que, no geral, as principais razões do brasileiro para a contratação dos planos são ‘ter segurança em caso de emergência’ e ‘não depender da saúde pública’, ambos com 42%.

Em abril deste ano, o Vox Populi ouviu 3,2 mil pessoas (1,6 mil beneficiários e 1,6 mil não beneficiários) em oito regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus). A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais (p.p.) para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

O instituto Vox Populi identificou que, no geral, as principais razões do brasileiro para a contratação dos planos são ‘ter segurança em caso de emergência’ e ‘não depender da saúde pública’, ambos com 42%. Além disso, os resultados que envolvem planos de saúde exclusivamente odontológicos também atingem o melhor patamar na série histórica.

"O medo de contágio pela Covid-19 fez o carro voltar a ser objeto de desejo do brasileiro como forma de evitar deslocamentos em veículos com aglomerações, enquanto o distanciamento social impôs maior uso de dispositivos eletrônicos e banda larga, para consultas em telemedicina e aulas online para filhos em idade escolar, por exemplo", aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS. "Tanto essa quanto as demais alterações no ranking de bens e serviços desejados podem ser reflexos da crise sanitária atual", reflete.

Segundo a pesquisa patrocinada pelo IESS, entidade de defesas dos interesses das empresas de saúde suplementar, os quatro itens mais desejados continuam sendo casa própria (1°), educação (2°), plano de saúde (3°) e carro próprio (4°), entre os brasileiros com plano de saúde ou não.

Em comparação com as edições anteriores da pesquisa, houve alternância entre educação e casa própria na primeira colocação. Já o plano odontológico, que não era avaliado, ficou na nona posição tanto entre beneficiários quanto não beneficiários.

Entre os pesquisados não beneficiários de plano de saúde, 58% afirmam que estariam mais seguros tendo um plano de saúde neste momento de pandemia de Covid-19.

"Na população entrevistada, apenas 15% dos não beneficiários que sentiram sintomas procuraram o atendimento médico, número inferior aos que possuem plano, com 22%", compara Cechin. "O índice de segurança trazido pelo plano foi ainda maior na região de Manaus, que viu seu sistema de saúde entrar em colapso", aponta.

O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares atingiu o maior número desde junho de 2016. Segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a alta de 2,2% no intervalo de 12 meses encerrado em abril deste ano representou um avanço de mais de 1 milhão de novos vínculos. Com isso, o setor passou a contar com 48,1 milhões de brasileiros.

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