Mudanças no antigo aeroclube travam por exigências caras da Prefeitura do Recife

O projeto do Complexo do Aeroclube foi desenvolvido no último ano da administração Geraldo Julio, a partir da ideia de ocupar a área do antigo aeródromo com um complexo de lazer que permitisse a realocação de 600 famílias que hoje ocupam palafitas nas margens do manguezal do Pina e da favela do Encanta Moça.

Ao consultar o mercado imobiliário, a Prefeitura acumulou uma serie de informações que apontavam que seria mais interessante leiloar a área e, com o dinheiro, fazer todo um pacote de investimentos na região - inclusive novos habitacionais em terrenos no próprio bairro do Pina.

Venceu a proposta de construir um parque com um habitacional para 600 famílias, financiado pela Caixa, ocupando parte do terreno e deixando uma área de terrenos separados pela antiga pista de pouso do Aeroclube.

Também foi definido que os habitacionais seriam feitos na extremidade do terreno que já tem acesso ao bairro de Boa Viagem, contrariando a recomendação dos empresários, que defendiam que a parte a ser leiloada ficasse onde hoje está sendo feita os dois habitacionais.

Ficou decidido que o espaço de preservação da história do antigo Aeroclube de Pernambuco manteria 75% da pista de pouso e decolagem original, haveria a urbanização da margem do Rio Pina, na comunidade do Bode, e o alargamento de Vias, construção de uma ciclovia, implantação de iluminação pública e outras melhorias estruturais no entorno do terreno.

Os problemas começaram quando na modelagem ficou definido que quem vencesse o leilão para a compra dos terrenos deveria pagar à vista ou construir e entregar o parque para receber os terrenos.

As empresas consultadas defenderam o modelo que está sendo adotado no Cais José Estelita, onde as empresas estão fazendo as obras de mitigação na medida em que os prédios estão sendo lançados.

Venceu a proposta de pagamento à vista do terreno ou entrega das obras totais do parque.