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Presidente da ANFAVEA defende etanol e carro híbrido como rota para elétrico

Leite disse que o setor tem como perseguir a meta de 4.5 milhões de unidades (a atual capacidade instada no Brasil) porque esse é um mercado que é adequado ao tamanho da indústria no Brasil.

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Fernando Castilho

Publicado em 02/05/2022 às 16:30 | Atualizado em 02/05/2022 às 16:31
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O novo presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite, defendeu nesta segunda-feira (2) na sua posse na entidade uma linha de apoio ao carro movido a etanol seguido do carro híbrido para finalmente chagar o carro elétrico como uma política de preparação da indústria automobilística brasileira responsável por 20% do PIB brasileiro.

Ele sucedeu a Luiz Carlos Moraes e ficará à frente da entidade até 2025. Leite disse que o setor tem como perseguir a meta de 4.5 milhões de unidades (a atual capacidade instada no Brasil) porque esse é um mercado que é adequado ao tamanho da indústria no Brasil.

Ele enfatizou uma preocupação com a cadeia de fornecedores que com chamada descarbonização do automóvel precisa se adequar, mas insistiu que a indústria de suporte às montadoras tem como se adequar até porque já investe muito em inovação.

Relações Institucionais da Stellantis na América do Sul que detém as marcas Jeep e Fiat, ele analisa que o caminho está no fortalecimento da cadeia automotiva que ajuda a cumprir os objetivos de descarbonização da indústria.

Leite também acredita que além do etanol, o Brasil vai migrar para o carro híbrido com o etanol enquanto vai se preparando para o carro elétrico.

O executivo disse que o mercado brasileiro sofre com a cadeia de suprimentos que vai muito além da falta de componente de chips. Para ele, quando esse problema se ajustar o mercado vai demandar a renovação da frota e a procura vai ser atendida. Em complemento a isso, o Brasil tem como ampliar as exportações de modo que uma meta de 4.5 milhões de veículos ano e possível.

Ele acredita que a indústria automobilista nacional tem condições de exportar para regiões além da América Latina e lembrou que o Brasil já produz veículos capazes de competir noutras regiões

O novo presidente da ANFAVEA reconheceu que com uma taxa de 27% de taxa de juros e uma demora na entrega que passa de seis meses e difícil é difícil avançar mais.

No seu discurso de posse ele falou da capacidade transformadora da indústria automobilistca e lembrou que quando criança seu pai falava da revolução que a chegada da Fiat seria capaz de transformar uma cidade pela geração de renda, empregos e inovação.

Mineiro de Belo Horizonte, Márcio de Lima Leite é advogado e contador e trabalhou por muito tempo ao lado do então presidente da Fiat Clodorvino Bellini que deixou a companhia de pois de implantar o projeto da Jeep com a Fiat e que deu origem a atual Stellantis.

No seu discurso de posse ele lembrou que nossas fábricas e nossos produtos são apenas a ponta do iceberg de um enorme ecossistema de empresas, fornecedores de peças e insumos, prestadores de serviço, revendedores e uma variedade incrível de consumidores particulares e corporativos, todos interconectados”, afirmou.

Lima Leite se referiu por várias vezes sobre o desafio que a indústria tem ao abordar a questão da chamada descarbonização e insistiu que é importante que o setor trabalhe nessa pauta em relação aos fornecedores de autopeças que terão que se equipar para continuarem suprindo as montadoras.

Ele está há 21 anos nesse grupo empresarial – denominado Fiat até 2014, depois FCA (Fiat Chrysler Automóveis) a partir da fusão com o grupo Chrysler, e Stellantis desde janeiro de 2021, com a fusão da FCA com o grupo PSA. A Stellantis reúne 14 marcas, com destaque para Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram.

A Diretoria passa a contar ainda com Marina Willisch como 1ª Vice-Presidente, Gustavo Bonini como Vice-Presidente Tesoureiro e Antônio Calcagnotto como Vice-Presidente Secretário.


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