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Incêndio do Beco do Sururu expõe inação da Prefeitura do Recife na área de habitação popular

Os prefeitos do Recife sempre optaram pela transferência de responsabilidades afirmando que esse é um problema nacional

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Fernando Castilho

Publicado em 06/05/2022 às 22:05 | Atualizado em 06/05/2022 às 22:36
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Agora que o Corpo de Bombeiros dominou o incêndio da comunidade do Beco do Sururu, que se formou entre as pontes Paulo Guerra no bairro do Pina, cabem dois minutos de conversa sobre o que aconteceu ali e o que isso nos alerta pelos riscos de poder se repetir noutras palafitas do município do Recife.

A construção de palafitas e favelas é a fratura exposta das adestrações da Prefeitura do Recife do PT e do PSB, que nunca abordaram a questão de frente. Os prefeitos sempre optaram pela transferência de responsabilidades afirmando que esse é um problema nacional e que o Ministério do Desenvolvimento Regional não libera dinheiro para fazer casa popular no município.

E mesmo as nossas universidades não ofereceram soluções de baixo custo que pudessem ajudar a enfrentar esse problema. Também a nossa legislação municipal não ajuda para a adoção de soluções construtivas mais flexíveis.

Somente a partir do Conjunto do Encanta Moça - para onde deveriam ir parte dos moradores das favelas vizinhas do Beco do Sururu - se adotou a tecnologia de concreto modular. Com o argumento de terreno caro e falta de verba do Governo Federal. O Governo do Estado e PCR ficaram vendo a situação piorar.

Até que um dia o fogo pegou.

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