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Miguel quer privatizar Compesa, Metrô e investir R$ 12 bilhões em quatro anos

Se eleito governador, Miguel se propões a gastar R$ 1 bilhão de investimento em inteligência e modernização da segurança.

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Fernando Castilho

Publicado em 13/06/2022 às 20:00 | Atualizado em 14/06/2022 às 11:50
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Primeiro documento apresentado formalmente como Programa de Governo, o texto do candidato pelo União Brasil, Miguel Coelho tem quase tudo que o setor privado gosta de ouvir.

Por apresentar um proposta de usar o dinheiro que o Estado pode já tomar emprestado e aportar com recursos próprios (R$ 4 bilhões) para alavancar o dobro (R$ 8 bilhões) em parcerias num total de R$ 12 bilhões em quatro anos.

Ele é ousado porque, de cara, anuncia o desejo de privatizar a Compesa, mesmo com a empresa tendo capacidade de investimos e ser hoje um ativo cobiçado no setor privado pelo potencial de negócio que ela tem após a conclusão de obras como a Adutora do Agreste e investimentos previstos.

Ainda de se propor a fazer Pernambuco no que ele chama de "o melhor lugar do Brasil para viver e empreender". E como não poderia deixar de ser, apostar na criação de novos polos de agricultura irrigada inspirado na sua Petrolina.

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Costuma-se dizer que candidatos usam a tecnologia WPP+E sigla para identificar os principais programas da Microsoft (Word, Power Point e Excel) que aguentam tudo.

Mas é importante observar de Miguel Coelho tem um pacote de boas ideias algumas básicas como implantar 100 mil cisternas no Estado em quatro anos; construir o Arco Metropolitano; apoiar a construção da Transnordestina.

E de querer duplicar 300 km das rodovias mais movimentadas de Pernambuco e gastar R$ 1 bilhão de investimento em inteligência e modernização da segurança. O que adicionado ao custeio da força policial pode ser um diferencial.

Assim como deve indignar os socialistas raiz ao propor a venda da Compesa, Miguel Coelho irritará os metroviários quando avisa que, se eleito, vai estadualizar o Metrô para fazer concessão à iniciativa privada e integrar o serviço ao sistema de transportes de ônibus.

Ele deve preocupar também os fazendários assustados com as perdas de parte do ICMS dos combustíveis, ao informar que dará isenção de IPVA para automóveis com mais de 10 anos e para motos de até 160 cilindradas e isenção de ICMS para mototaxistas.

Mas é interessante a proposta de "fazer de Pernambuco o 1º lugar no Nordeste para se fazer negócios" coisa que o PSB tem dificuldades especialmente com os empresários locais que se queixam da falta de interlocução com o Governo.

E na onda do Pernambuco principal destino turístico do Brasil em turismo ele informa o desejo de construir um Centro de Convenções no Recife Antigo e requalificar o Centro de Convenções de Olinda, um caso de absoluta incapacidade dos últimos governadores.

A proposta mais difícil seja construir habitacionais em parceria com o Governo Federal, bancos internacionais, Incra e iniciativa privada. Talvez seja melhor reservar dinheiro azul e branco. Nos últimos anos isso virou miragem. Mas vai ver que ele consegue?

Finalmente, na área de saúde, onde o Estado tem a maior infraestrutura do Nordeste, ele promete cinco novos hospitais, oito maternidades, 12 Centros de Atenção Primária e a reforma dos cinco principais hospitais metropolitanos começando pelo Hospital Restauração.

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