Coluna JC Negócios

EMPRÉSTIMO AUXÍLIO BRASIL: Fora Caixa Econômica, nenhum banco público entrou no consignado aos beneficiários

Dos cinco grandes bancos do País, somente a Caixa confirmou que vai oferecer o produto, a partir desta terça-feira(11)

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Fernando Castilho

Publicado em 10/10/2022 às 14:15 | Atualizado em 10/10/2022 às 20:53
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O Ministério da Cidadania publicou uma lista de 12 bancos que foram autorizados pela pasta a operarem o crédito consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil. Mas com exceção da Caixa Econômica Federal, nenhum dos bancos públicos (Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Banco da Amazônia) entrou no projeto.

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Também não estão os bancos estaduais, como Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), o BANESTES S.A. – Banco do Estado do Espírito Santo e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul). Também não entraram nenhum dos grandes bancos Itaú, Bradesco e Santander.

De acordo com as regras da pasta, o teto de juros é de 3,5% ao mês. Os bancos também estão autorizados a conceder o produto a beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Dos cinco grandes bancos do país, somente a Caixa confirmou que vai oferecer o produto, a partir da segunda quinzena deste mês.

Os três bancos privados (Itaú, Santander e Bradesco) já afirmaram oficialmente que não vão operar a linha. O Banco do Brasil ainda analisa a possibilidade internamente e também não confirmou se atuará ou não na linha.

A surpresa está mesmo com os bancos estatais, especialmente o Banco do Brasil que chegou a enviar um desmentido à Coluna JC Negócios no dia 28 de setembro informando que: "O Banco do Brasil informa que, com a publicação da Portaria, está avaliando as regras exigidas por essa regulamentação para verificar a viabilidade de operacionalizar a linha." Na relação publicada nesta segunda-feira pelo Ministério da Cidadania o BB não foi relacionado.

Pelas regras do empréstimo consignado (com desconto em folha) para os beneficiários do Auxílio Brasil, o número máximo de parcelas será 24 mensais e sucessivas, com teto de juros de 3,5% ao mês.

Isso quer dizer que: se comprometendo a pagar uma parcela mensal de R$ 160, uma pessoa inscrita no Auxílio Brasil poderá levantar um empréstimo de R$ 2.569,34, a ser pago em 24 parcelas mensais de R$ 160,00 com uma taxa de juros de 3,50% ao mês (51,11% ao ano).

A Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), recomenda muito cuidado, pois se fizer a operação para receber, por exemplo, em outubro, com desconto da primeira parcela em novembro, o tomador vai ficar recebendo R$ 440 até outubro de 2024.

As pessoas inscritas no Auxílio Brasil que pretendem tomar empréstimos de até R$ 2.569,34, a ser pago em 24 parcelas mensais de R$ 160 com uma taxa de juros de 3,50% ao mês (51,11% ao ano), devem se preparar para, ao menos nos meses de janeiro e fevereiro, receberem apenas R$ 245, pois o desconto será sobre R$ 405 previstos no Orçamento Geral da União de 2023, e não sobre R$ 600, como será pago até dezembro.

Isso deve acontecer porque até que o Congresso Nacional (que toma posse em fevereiro) aprove a continuidade do pagamento de R$ 600, o valor do Auxílio Brasil a ser pago pelo Ministério da Cidadania será de R$ 405, e não de R$ 600.

Veja a relação dos bancos abaixo:

Caixa Econômica Federal

Banco Agibank S/A

Banco Crefisa S/A

Banco Daycoval S/A

Banco Pan S/A

Banco Safra S/A

Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A

Facta Financeira S/A Crédito, Financiamento e Investimento

Pintos S/A Créditos

QI Sociedade de Crédito Direto S/A

Valor Sociedade de Crédito Direto S/A

Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A

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