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China inicia venda no Brasil da Fenjiu, uma cachaça de sorgo criada há 6.000 e mais cara que uisque 12 anos

A cachaça de sorgo vem com selo de qualidade de origem deve chegar ao mercado em 2023, e será vendida em lojas especializadas em vinhos e uísques.

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Fernando Castilho

Publicado em 07/11/2022 às 6:00
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A China está trazendo ao Brasil, uma cachaça destilada de sorgo, um dos cereais mais produzidos no mundo e desenvolvida há 6000 anos na província de Shanxi, na China e considerada a primeira cachaça do mundo.
A Fenjiu é uma espécie de patrimônio nacional da China que escolhe em que países ela é comercializada e já ganhou vários prêmios entre eles a medalha de ouro na Exposição Universal Panamá Pacífico de 1915.

Seu processo de produção artesanal resulta numa cachaça forte, cujo teor alcoólico vai de 42 a 53%, maior que os 38 a 48% de uma cachaça brasileira e será vendida em lojas especializadas em vinhos e uísques.

A bebida com selo de qualidade de origem deve chegar ao mercado em 2023  e a estimativa de preço se assemelha às bebidas premium envasada em garrafas e estojos apresentados com obra de arte. O preço sugerido é de R$ 300,00.

Quem vai importar a bebida é o empresário Tian Dong, vice-presidente da XCMG Brasil Indústria e secretário-executivo da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (Abec) que junto com o diretor da China Trade, Zhou Lei foram recebidos no Palácio dos Bandeirantes pelo embaixador Affonso Massot, secretário-executivo de Relações Internacionais.

A importação decorre de uma acordo bilateral do estado de São Paulo com a província de Shanxi, berço da cachaça chinesa.

O protocolo abrange diversos setores, entre eles comércio, investimentos, infraestrutura, ciência, tecnologia, saúde, esporte, cultura, educação e agricultura. Ele tem duração de cinco anos e pode ser prorrogado.

Além de Shanxi, São Paulo já mantém acordos com as províncias da China de Guangdong, Henan, Shandong e Yunnan, também nas áreas de meio ambiente, recursos humanos, indústria marítima e energia.

Segundo Tian Dong a estratégia, é começar a vender o produto em São Paulo e, posteriormente, para todo o Brasil.

Sua empresa fará uma importação formal, com todos os certificados e inspeções”, justifica o secretário da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (Abec), entidade reconhecida pelo governo chinês, criada em 2015 com o objetivo de apresentar o Brasil às empresas chinesas e fortalecer as multinacionais sino-brasileiras.

O objetivo também tem motivos culturais segundo afirma Tian Dong. Vamos trazer um pouco da cultura de Shanxi pela comida. Marco Polo levou a massa da China para o mundo, agora vamos levar a nossa milenar cachaça. “diz.

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processo de produção artesanal resulta em uma cachaça forte, cujo teor alcoólico vai de 42 a 53%. Tian Dong, Abec e o embaixador Affonso Massot - Divulgação

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