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Feira no Riomar Recife mostra potencial do afroempreendedor no mercado

seleção dos afroempreendedores foi realizada a partir de chamamento via internet e todos os expositores recebem ajuda de custo diária para alimentação e transporte.

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Fernando Castilho

Publicado em 10/11/2022 às 12:00 | Atualizado em 10/11/2022 às 19:55
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A Expo Preta é fruto do reconhecimento do potencial afroempreendedor existente nas comunidades do Pina, Brasília Teimosa e Ilha de Deus, no entorno do shopping, onde o RioMar e IJCPM atuam.

O Instituto atua há mais de 10 anos, investindo nas juventudes e auxiliando no processo de desenvolvimento sustentável dos territórios. "Sabemos que ainda há muito a ser construído, mas temos buscado delinear esse caminho de futuro junto à sociedade e às comunidades.

Em diversas frentes, estamos trabalhando no sentido de fazer as comunidades se integrarem mais ao empreendimento, como protagonistas também do negócio, e estimulando alternativas de criação e ocupação, para além do emprego e das atividades do IJCPM.

A Expo chega neste momento estratégico. Nem começa nem termina aqui", destaca a gerente de Desenvolvimento Social do Grupo JCPM, Juliana Martorelli, já prevendo a expansão do modelo para outras cidades e o crescimento da iniciativa nos próximos anos.

Exceto a abertura, toda a programação é gratuita e ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 no Piso L3, das 12h às 22h, na sexta e no sábado, e das 12h às 21h, no domingo. Participam da Expo Preta 18 afroempreendedores de segmentos diversos, como moda, saúde, beleza, bem-estar, artes, música e gastronomia.

Miqueline Batista, 27 anos, é uma das expositoras. Proprietária do espaço de beleza A Famosinha das Tranças, a empreendedora de Brasília Teimosa vai levar para a Expo Preta todas as técnicas que aprendeu com a mãe e a avó, além daquelas que desenvolveu por conta própria desde os 12 anos.

Lucas Marçal e Ivana Milka
Miqueline Batista. - Lucas Marçal e Ivana Milka

"A feira será uma oportunidade inovadora de divulgar o nosso trabalho, expandir o público e desfazer visões limitadas sobre a trança, permitindo muitas trocas. Estou super animada", diz Miqueline, que montou seu empreendimento depois de criar uma conta no Instagram.

Pela qualidade do serviço oferecido, o negócio alcançou grande repercussão e se espalhou no boca a boca e no post a post da clientela. A empreendedora, que já foi aluna de quatro cursos do IJCPM, conta que deixou o emprego assalariado para se dedicar à trança, atividade hoje responsável pelo sustento da sua família.

A seleção das e dos afroempreendedores foi realizada a partir de chamamento via internet e todos os expositores recebem ajuda de custo diária para alimentação e transporte.

"Já havíamos mapeado neste ano com a Produtora Curadoras Negras o celeiro de afroempreendimentos e artistas do nosso entorno, para entender o perfil e o potencial deles, todos com um viés de criatividade e de afirmação de identidade muito fortes. Foi uma alegria constatar o interesse das comunidades no projeto", ressalta a gerente de Sustentabilidade do Grupo JCPM, Thayara Paschoal.

Parte dos expositores já passou por atividades de impulsionamento e aceleração de negócios do IJCPM. Caso dos empreendedores do Pinosa Moda Sustentável, contemplados em um processo de formação, desenvolvimento e amadurecimento criativo que culminou com a participação na 8ª edição do Passarela RioMar, em setembro, e se difunde agora na Expo Preta.

 

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