A China está trazendo ao Brasil, uma cachaça destilada de sorgo, um dos cereais mais produzidos no mundo e desenvolvida há 6000 anos na província de Shanxi, na China e considerada a primeira cachaça do mundo.
A Fenjiu é uma espécie de patrimônio nacional da China que escolhe em que países ela é comercializada e já ganhou vários prêmios entre eles a medalha de ouro na Exposição Universal Panamá Pacífico de 1915.
Seu processo de produção artesanal resulta numa cachaça forte, cujo teor alcoólico vai de 42 a 53%, maior que os 38 a 48% de uma cachaça brasileira e será vendida em lojas especializadas em vinhos e uísques.
A bebida com selo de qualidade de origem deve chegar ao mercado em 2023 e a estimativa de preço se assemelha às bebidas premium envasada em garrafas e estojos apresentados com obra de arte. O preço sugerido é de R$ 300,00.
Quem vai importar a bebida é o empresário Tian Dong, vice-presidente da XCMG Brasil Indústria e secretário-executivo da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (Abec) que junto com o diretor da China Trade, Zhou Lei foram recebidos no Palácio dos Bandeirantes pelo embaixador Affonso Massot, secretário-executivo de Relações Internacionais.
A importação decorre de uma acordo bilateral do estado de São Paulo com a província de Shanxi, berço da cachaça chinesa.
O protocolo abrange diversos setores, entre eles comércio, investimentos, infraestrutura, ciência, tecnologia, saúde, esporte, cultura, educação e agricultura. Ele tem duração de cinco anos e pode ser prorrogado.
Além de Shanxi, São Paulo já mantém acordos com as províncias da China de Guangdong, Henan, Shandong e Yunnan, também nas áreas de meio ambiente, recursos humanos, indústria marítima e energia.
Segundo Tian Dong a estratégia, é começar a vender o produto em São Paulo e, posteriormente, para todo o Brasil.
Sua empresa fará uma importação formal, com todos os certificados e inspeções”, justifica o secretário da Associação Brasileira de Empresas Chinesas (Abec), entidade reconhecida pelo governo chinês, criada em 2015 com o objetivo de apresentar o Brasil às empresas chinesas e fortalecer as multinacionais sino-brasileiras.
O objetivo também tem motivos culturais segundo afirma Tian Dong. Vamos trazer um pouco da cultura de Shanxi pela comida. Marco Polo levou a massa da China para o mundo, agora vamos levar a nossa milenar cachaça. “diz.